A Comissão Julgadora do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão anunciou as propostas vencedoras da edição deste ano. Dirigido a estudantes de jornalismo, que deveriam apresentar projetos de pauta sobre inclusão de jovens profissionais negros no mercado de trabalho ou bullying, a comissão escolheria os três melhores projetos, mas devido à qualidade dos textos decidiu por premiar quatro trabalhos. Os projetos escolhidos serão transformados em matérias, com a supervisão de jornalistas e de seus professores, e seus autores ganharão uma viagem para Johanesburgo, onde conhecerão o Museu do Apartheid, que conta a história cultural, política e social da África do Sul e do ex-presidente Nelson Mandela. No total, foram 246 projetos submetidos à avaliação, dos quais 199 aprovados para a etapa final. Os vencedores são Mariana de Camargo e Marina Yoshimi, sob orientação de José Carlos Fernandes (Universidade Federal do Paraná), com Travestis e transexuais: luta por respeito nas salas de aula; Cristiane Paião, Deborah Rezaghi e Raquel Bertani, sob orientação de Filomena Salemme (Cásper Líbero), com Bullying velado: um retrato desconhecido das pessoas com deficiência; Yuri Ebenriter, sob orientação de Luíza Maria Cezar (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), com Jovens quilombolas rurais e urbanos do Rio Grande do Sul; e Glenda Carlos Ferreira e Nilbbert Pereira da Silva, sob orientação de José Coelho Sobrinho (USP), com Como o bullying contra jovens indígenas estudantes de escola “de branco” perpetua o estereótipo negativo do índio.
Vaivém das redações!
Confira o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Minas Gerais e Ceará: São Paulo: Tereza Novaes ([email protected]) deixou em junho a Folha de S.Paulo, onde ficou por 13 anos, tendo passado por praticamente todos os produtos: Núcleo de Revistas, em que foi redatora e editora interina do Guia da Folha; Ilustrada (repórter e chefe de Reportagem); Folha Online, antes da integração, como editora da Ilustrada; e, mais recentemente, editora-adjunta digital da Ilustrada e editora do F5, cujo projeto criou com Ricardo Feltrin. Ela pretende dedicar-se agora a projetos pessoais. Ana Weiss, ex-Arquitetura e Construção e Casa Claudia Luxo, começou como editora-assistente de Cultura na revista IstoÉ. Três colunistas estrearam na última edição da revista sãopaulo, da Folha de S.Paulo. A atriz Denise Fraga passa a escrever quinzenalmente a coluna Vida real, que integrou o extinto caderno Equilíbrio (hoje página semanal dentro de Cotidiano). O crítico de cinema André Barcinski, que também já escrevia para a Ilustrada e para o caderno Comida, passa a alternar a seção Fique em casa com o colunista Manuel da Costa Pinto. E no comando de Quadro Gastronômico, Alcino Leite Neto, editor do selo Três Estrelas, da Publifolha, substitui a Josimar Melo, que continuará colaborando com a revista. Outra novidade na publicação foi a estreia da seção Cidade Aberta, com notícias curiosas publicadas no site durante a semana. Dentro dos cortes promovidos na última semana pela RedeTV, registro também para a saída da repórter Anapaula Ziglio ([email protected] e 11-98117-6946), que retornou de férias e foi comunicada nesta 4ª.feira (10/7). Ela estava na empresa havia mais de um ano e antes passou por TV Record, CNT e RIT TV. Pingos nos is – Diferentemente do que informamos em J&Cia 903, José Roberto de Toledo, coordenador do Estadão Dados, não assumiu as funções de Claudia Belfort. Ele continua com as mesmas funções, mas passa a responder a Cida Damasco, editora-chefe do Estadão e não do Grupo Estado, como também informamos. Minas Gerais: Carolina Lenoir, ex-repórter de Economia do Estado de Minas, está frilando para a revista Bares e Restaurantes. O contato dela é [email protected]. No Diário do Comércio, Eloara Bahia ([email protected]) substitui à editora Sandra Carvalho durante a licença-maternidade desta. Ceará: Após dois anos na TV Verdes Mares, a repórter Bruna Roma volta para a Rede Globo em São Paulo.
Memórias da Redação ? Bolo-formiga para tamanduá
A história desta semana é mais uma colaboração de Luiz Roberto de Souza Queiroz, o Bebeto ([email protected]), e novamente uma da época em que fazia assessoria para o Zoológico de São Paulo. Bolo-formiga para tamanduá Era o aniversário do Tatá, o primeiro tamanduá-bandeira criado em cativeiro. Como é comum entre animais de zoológico, a mãe deu à luz o tamanduazinho e o abandonou, mas a equipe da Divisão de Mamíferos extraiu umas gotas de leite da tamanduá-fêmea – o que já é um feito, dada a ferocidade do bicho, cujas garras são mortais –, examinou os componentes do leite e resolveu fazer uma espécie de leite artificial de tamanduá. Se bem me lembro, o produto final levava gema de ovo, farinha láctea, vitaminas e era quase uma papa, de tão denso. Mas o fato é que o tamanduazinho aceitou o tal leite oferecido na mamadeira, aceitou como substituto da mãe verdadeira um ursinho de pelúcia, com o qual vivia agarrado, e cresceu saudável. Quando Tatá fez um ano de idade, uma veterinária resolveu promover uma festinha de aniversário, reunindo no pátio atrás da Administração do Zoo vários ‘convidados’: a Tiririca, um filhote de jaguatirica, que pelo visto não entendeu bem o espírito da festa; um tamanduá-colete também filhote, encontrado junto à mata da Via Anchieta; e um ou dois macacos-prego. Para a comemoração, foi preparado um “bolo-formiga”, em que as formigas eram representadas por confeito de chocolate, aquele que vai sobre o brigadeiro e, é claro, o bolo era para os funcionários, não para os bichos. Como assessor de imprensa, achei uma oportunidade única para uma coletiva, na qual o diretor do Zoológico explicaria a importância da pesquisa que levou ao preparo do leite, matéria com a qual eu pretendia mostrar o Zoo como instituição científica e não como “prisão de animais”, como era apresentado pelos ecochatos de plantão. Tudo deu certo, a entrevista ia muito bem, até que um fotógrafo pediu que acendessem a velinha do bolo, mesmo sabendo que Tatá, com sua boca em forma de funil, não conseguiria apagar. Deu xabu. O tamanduá se assustou, deu um salto, deitou de costas em posição defensiva, estendendo as garras para a calça do fotógrafo – do Jornal do Brasil, se bem me lembro –, que para escapar deu um passo para o lado, pisou no bolo, escorregou e caiu ao lado da Tiririca, que deu um miado e entrou na festa, começando a arranhar todo mundo e também a lente da máquina fotográfica, no chão. Os macacos guinchavam e, com o bolo pisado e os bichos assustadíssimos, a festa….e a entrevista, tudo acabou.
Hairton Ponciano Voz começa no site Notícias Automotivas
O site Notícias Automotivas, que desde o começo do ano tem Sueli Osório como editora-chefe, passa a contar a partir deste mês com o reforço de Hairton Ponciano Voz, que chega para assumir os testes automotivos. “Nesse novo trabalho, quero explorar bastante a técnica dos veículos, mas com uma linguagem mais simples, sem o uso de tantos termos técnicos. A ideia é oferecer uma visão profunda do automóvel num texto leve e compreensível”, explica. “O plano é publicar um teste por semana, incluindo avaliações isoladas e comparativos”. A estreia deverá ocorrer já na próxima semana, com uma avaliação do esportivo Audi S5. Hairton estava desde 2002 na revista Autoesporte, onde até abril deste ano vinha atuando como editor. Por lá, também conquistou por quatro vezes o Prêmio AEA de Meio Ambiente, entre 2009 e 2012. Antes, foi por 15 anos editor no Jornal do Carro, do Jornal da Tarde, até 2001. Também colaborou com várias publicações, como o jornal Automotive News Europe, Folha de S.Paulo, UOL, Quatro Rodas e Valor Econômico.
Eleições para a Fenaj e cinco sindicatos serão na próxima semana
Serão de 16 a 18/7 (3ª a 5ª.feira) as eleições, por voto direto, para a nova direção da Fenaj e a Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas. No mesmo período, haverá também eleições para os Sindicatos de Jornalistas de Pernambuco, Goiás, Município do Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul. Concorrem à Fenaj as chapas 1, Sou Jornalista, Sou Fenaj, e 2, Luta, Fenaj, além de duas chapas e duas candidaturas avulsas para a Comissão Nacional de Ética. A chapa mais votada somente será proclamada vencedora em primeiro turno se o quórum nacional de participação for de no mínimo 30% dos jornalistas aptos a votar. No Sindicato dos Jornalistas do Mato Grosso do Sul a chapa Pela renovação e dignidade do jornalismo, presidida por Geraldo Ferreira, foi eleita em 20/6, e em Tocantins o processo ocorreu em maio, com a eleição da chapa Renovar para avançar, encabeçada por Socorro Loureiro.
De papo pro ar – Beijo de macho
O gaúcho Nélson Gonçalves proclamava aos quatro ventos que era macho até dentro d´água. Sofreu. Foi engraxate, garçom e lutador de boxe. Bateu e apanhou muito, mas era um bom sujeito, até o momento que não o provocassem, chamando-o, por exemplo, de Nelsinho. Ele era gago e nervoso se transformava em fera. Um dia ao desembarcar no aeroporto de Fortaleza uma multidão o aguardava para lhe dar boas vindas. De repente, sem que esperasse, um homem se aproximou dele e tascou-lhe um beijo “na boca de onde sai essa voz tão bonita”. – Aquilo foi horrível – ele me disse; e antes que eu perguntasse qualquer coisa, emendou: – Vo-você tá-tá pe-pensando o q-quê, rapa-paz? Eu sou é macho!
Rádio está entre as prioridades do Prêmio J&Cia/HSBC
Invenção do padre-cientista brasileiro Roberto Landell de Moura, nascido em Porto Alegre em 21/1/1861 e morto na mesma cidade, no anonimato científico, em 30/6/1928 (85 anos atrás – ver J&Cia Especial em www.jornalistasecia.com.br), o rádio continua a ser um dos mais importantes e influentes meios de comunicação do planeta. E não é outra a razão da sua valorização como categoria nacional, valendo R$ 10 mil, no Prêmio J&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, já na quarta edição. Os profissionais de rádio têm até o próximo 5 de setembro para inscrever matérias que tenham abordagens econômicas, sociais ou ambientais sobre Sustentabilidade, veiculadas entre 1º/9/2012 e 30/8/2013, o que significa dizer que há pelo menos um mês e meio pela frente para novas pautas que possam concorrer ao prêmio. Além dos R$ 10 mil da categoria, ainda poderão concorrer ao Grande Prêmio, que vale outros R$ 10 mil cumulativos; aos prêmios regionais no valor de R$ 5 mil; e mesmo à categoria especial Água, caso o trabalho produzido seja sobre esse tema. São, portanto, várias as oportunidades para quem atua no radiojornalismo para concorrer ao Prêmio J&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, que já teve como vencedores Wellington Carvalho dos Santos (Eldorado), em 2010; Cátia Toffoletto Montebelo (CBN), em 2011; e Felipe Daroit (Gaúcha), em 2012. Dúvidas podem ser esclarecidas com a Coordenação Geral do Prêmio, a cargo de Lena Miessva (11-2679-6994, [email protected] ou [email protected]). Para ajuda nas dificuldades técnicas ao fazer a inscrição no site ou no envio do trabalho, o participante contará com o serviço de auxílio técnico de profissionais da Maxpress, pelo 11-3341-2799.
Memória da Cultura Popular ? Academia Paulista de Letras
Nesta 15ª edição de J&Cia Memória da Cultura Popular, Assis Ângelo, presidente do Instituto Memória Brasil, meio que revisita a Academia Paulista de Letras (APL), em que esteve em 1984 para fazer uma reportagem que seria publicada em outubro daquele ano na edição nº 29 do D.O. Leitura, extinto suplemento do Diário Oficial do Estado de Sâo Paulo, aqui reproduzida. A expressão “meio” é cabível porque ele não voltou fisicamente à APL, mas, como sempre faz nestas edições, nela se inspirou para abordar o tema “academia de letras” e, principalmente, falar de seus integrantes – ou pretendentes e desistentes – e as ligações de alguns deles com a cultura popular. Confira a edição
Diário do Centro do Mundo dobra visitações e aparece no NYT
O Diário do Centro do Mundo (www.diariodocentrodomundo.com.br), site de jornalismo que Paulo Nogueira toca com a ajuda do irmão Kiko (ambos ex-Abril), bateu 2,2 milhões de visualizações em junho, com mais de meio milhão de visitantes únicos. O número mais que dobrou em apenas três meses. Segundo Paulo, nos seis meses desde que inauguraram a seção Essencial, em que fazem uma triagem com as dez notícias mais importantes a cada dia no Brasil e no mundo, a audiência simplesmente se multiplicou por dez. “Às análises, que já eram nossa marca, somou-se o chamado hard news”, escreveu ele ao noticiar a marca, no último dia 5 de julho. “Nossa aposta em bom jornalismo perdurará. Nosso jornalismo é apartidário e independente. (…) Entendemos o jornalismo não à maneira da mídia brasileira, mas ao estilo de um dos maiores editores da história mundial do jornalismo, o britânico William T Stead. Para Stead, que inventou o jornalismo investigativo no final do século 20, o ofício do jornalista só fazia sentido se ele, efetivamente, trouxesse uma contribuição para a sociedade. É nossa divisa. E dela jamais abriremos mão”. No dia 4/7, o New York Times citou o artigo do DCM sobre a viagem para o Rio, num avião da FAB, do presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves.
TV Globo unifica diretorias-executivas do Jornalismo
A TV Globo promoveu uma nova troca de cadeiras na estrutura da CGJ (Central Globo de Jornalismo), com mudanças que passarão a vigorar na última semana deste mês. A alteração mais importante é a unificação das duas diretorias-executivas de Jornalismo, que passa a ter como titular Mariano Boni, hoje diretor Regional de Jornalismo de Brasília. Ele começou na Globo como produtor no Fantástico e depois de passar por várias funções foi chefe de Redação de Rede em São Paulo. Mariano será substituído por Ricardo Villela, que também o havia sucedido no cargo que ele ocupou anteriormente em São Paulo. No lugar de Ricardo, assume Denise Cunha Sobrinho, hoje chefe de Redação da Regional São Paulo, e que começou como estagiária, chegando a editora-chefe do Jornal da Globo. Prosseguindo com a troca de cadeiras, para o lugar dela vai Ana Escalada, que era editora-chefe do Profissão Repórter. As duas diretorias estavam sob o comando de Luiz Claudio Latgé, que passou a diretor-adjunto da CGCom (Central Globo de Comunicação), como noticiamos em J&Cia 903, e de Erick Bretas. Bretas tinha sido promovido havia menos de um ano pelo diretor-geral Octavio Florisbal, quando este estava de saída do cargo (ver J&Cia 865), e passou agora a diretor de Mídias Digitais. O diretor-geral de Jornalismo e Esportes Ali Kamel, que responde pelas mudanças atuais, o elogia por seu trabalho na cobertura da pacificação de favelas cariocas. Lembramos que, durante a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), a polícia reclamou que a TV Globo prestou um “desserviço”, ao veicular imagens registradas pelo helicóptero do qual policiais atiram sobre traficantes em fuga a pé por uma estrada de terra, o que foi chamado por um blog de “tiro ao alvo”. Essa cobertura, que desagradou autoridades, rendeu à Globo o primeiro Emmy para o Jornal Nacional. Carlos Jardim, que deixou a Chefia de Redação de Rede da Regional Rio para a implantação do programa da Fátima Bernardes, volta ao Jornalismo, agora na GloboNews. Vai trabalhar em dupla, como chefe de Redação para os telejornais e coberturas ao vivo, ao lado de Angela Lindenberg, cada qual em um horário.






