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sábado, dezembro 13, 2025

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Memórias da Redação ? Por favor, não mudem a missão do jornalista

A história desta semana é mais uma vez colaboração de Nereu Leme ([email protected]), presidente da Casa da Notícia Comunicação, que foi por muitos anos da Folha de S.Paulo. Por favor, não mudem a missão do jornalista Um dos maiores orgulhos do meu tempo de redação era sermos, nós, jornalistas, chamados de intelectuais. Verdade ou não para alguns, essa denominação também nos enchia de responsabilidade. Escrever certo e evoluir sempre. Outros tempos, sem internet. Nem mesmo computador. Máquinas de escrever e laudas rasuradas num escreve-corrige em busca do melhor lide (lead) que, diziam os mais experientes escribas, era aquele que ainda não havíamos feito. Priorizávamos nossa missão de informar, com imparcialidade – o que hoje não é mais o primeiro mandamento – e levar conhecimento e cultura ao nosso leitor, nosso rei. O desafio era introduzir, em um texto comum, informativo do dia a dia, uma nova palavra ao vocabulário de nosso preclaro leitor, sem traduzir em seguida, mas, também, sem obrigá-lo a recorrer ao dicionário. A nova palavra era adicionada, auferindo ao texto riqueza, qualidades. Na época, nem conseguíamos ser tão explícitos, como o negrito destacado na frase anterior. Muitos jornalistas aprenderam a escrever bem com esses exercícios instigantes, que nos desafiavam a ampliar ainda mais nossos conhecimentos. Nessa gloriosa tarefa para nós, repórteres, entregávamos o texto para o editor e depois atazanávamos, espicaçávamos ou simplesmente importunávamos os copidesques para saber o que haviam mudado no nosso texto, e por quê. Um dos jogos culturais era escrever toda a matéria sem usar a palavra que ou dois pontos. Recentemente, descobri que um médico amigo deixou de ser assinante de um grande jornal porque seus redatores não usavam o que. Trocavam “ele tem que fazer algo” por “ele tem de fazer algo”. As duas formas são corretas, mas o Houaiss sugere o uso do que, considerado mais moderno por ele. O “de” seria mais impositivo, para ser usado em determinadas situações – por exemplo, “Ele tem que ir ao jogo, pois torce pelo timão” e “Ele tem de pagar os impostos”. Outro jogo cultural que fazíamos nos bares próximos ao jornal Folha de S.Paulo era usar palavras pouco conhecidas para ver se o grupo acertava o significado. As correções sempre eram feitas com o auxílio de um dicionário. Ou cometer algum erro crasso, bem grosseiro, propositalmente, quando algum jornalista novo aparecia em nossas reuniões. Outros jornalistas, como eu, continuam tentando escrever melhor e, por isso mesmo, se indignando, ou se revoltando com as mazelas dos meios atuais de comunicação, principalmente a televisão. Embora seja o veículo de comunicação mais popular, de massa, que influi diretamente no comportamento cultural da população, em alguns casos a televisão não prima pela qualidade do vocabulário. Certo é que a língua deve evoluir e criar novos vocábulos. Não devem esses meios de comunicação, no entanto, ensinar errado, banalizar nossa língua portuguesa, bela e rica em sinônimos e seus opostos, os antônimos. A gente “somos” banais! Durante a cobertura das manifestações pelo Brasil afora, em junho, os apresentadores e repórteres de televisão (imagino que nas rádios também) usaram e abusaram do substantivo feminino gente, que não é pronome, mas pode ser aplicado, em determinados casos, como sinônimo de conjunto dos habitantes de um país, ou de quantidade indeterminada de pessoas. O uso da expressão “a gente”, em substituição ao pronome “nós”, é uma característica da fala coloquial brasileira, segundo o gramático Sérgio Nogueira. Porém, nessas coberturas, uma apresentadora de tevê usou tanto a expressão nas transmissões ao vivo, que pareciam não existir os pronomes eu, nós, eles, muito menos os substantivos os manifestantes, o povo e as pessoas. Para não correr o risco de errar na gramática, principalmente na concordância, ou, pior ainda, por falta de vocabulário, ela repetia a todo instante: “A gente vê muita gente na manifestação”. Quem é a gente que vê? Quem é essa gente na manifestação? Ninguém tem nome, adjetivo? Quem são essas pessoas? Ou seja, banalizaram a nossa “gente”. A gente “somos” banais, como na música Inútil, do Ultraje a Rigor. A tevê e o rádio podem e devem ser coloquiais. Mas não abusar da informalidade e dar ao telespectador ou ouvinte a impressão errônea de que é assim que se fala. É como o uso indiscriminado da palavra “coisa”, também aplicada indevidamente como pronome. Um amigo do professor Sérgio Nogueira (segundo ele contou em uma entrevista) disse a ele, certa vez, que “coisa é usada para tudo e não significa nada”. Um conhecido apresentador esportivo, durante a transmissão de um jogo, perpetrou uma frase antológica: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. E tem coisa saindo para todo lado. Pior ainda é usar “gente” e flexionar o verbo no plural. Foi o que fez uma repórter, também apresentadora eventual de telejornais, no dia 11 de julho. Durante cobertura de uma manifestação na avenida Paulista, disse no Jornal Hoje “a gente pudemos observar”. Melhor não!

Tetra Pak divulga vencedores de seu  Prêmio de Jornalismo Ambiental

Isadora Paula Stentzler Souza, aluna da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp) e Caio Carvalho de Lins, do Centro Universitário Toledo de Araçatuba (Unitoledo), dividiram a primeira colocação do Prêmio Tetra Pak de Jornalismo Ambiental, promovido por Tetra Pak e Estadão. Ambos tiveram suas reportagens publicadas na versão impressa do jornal e ganharam uma viagem à Suécia, com programação especial para conhecer florestas do país. O prêmio selecionou reportagens de estudantes de Jornalismo de diversas instituições do País. Foram escolhidos seis finalistas, que tiveram suas produções publicadas no portal estadão.com. O grupo também participará de viagem organizada pela Tetra Pak ao Paraná para conhecer reservas florestais locais. Além de Caio e Isadora, os finalistas foram Camila Aguiar de Oliveira Lopes (Universidade Federal do Ceará), Juliana de Souza Ferreira (Universidade Federal de Santa Catarina), Marina Lopes Mustafá Francisco (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Pierre Cruz dos Santos (Universidade de Taubaté).  Leia as reportagens vencedoras aqui.

O adeus a Ruy Fernando Barboza

Faleceu na madrugada deste domingo (11/8) em Florianópolis, aos 70 anos, em decorrência de parada respiratória, Ruy Fernando Barboza, que também era advogado e psicólogo. Com a saúde debilitada desde que foi atingido por uma bala perdida na região do quadril, no Rio, em 2002 (passou por 19 cirurgias), ele se recuperava de uma cirurgia para retirada da vesícula no último dia 2 de agosto. Nascido em Paranaguá (PR), passou, entre outros, por Folha de S.Paulo, Quatro Rodas, Realidade, Nova, Veja, Exame, Cláudia, Playboy e nas tevês Tupi, Bandeirantes e Globo. Foi ainda diretor da Rádio e TV Justiça, do STF, professor universitário e analista judiciário do TRF – 3ª Região.  

TRT suspende demissões na Editora Abril

Em virtude de não ter havido acordo nas negociações realizadas na manhã de 6ª.feira (9/8) entre dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e representantes da Abril, na noite do mesmo dia a Justiça do Trabalho decidiu pela suspensão das 71 demissões de jornalistas que a empresa fez na semana passada. Em caso de descumprimento da decisão judicial, a Justiça arbitrou uma multa diária no valor de R$ 50 mil, a ser revertida a favor do Hospital São Paulo, Hospital das Clínicas e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Nova assembleia com os demitidos estava prevista para esta 2ª.feira (12/8), às 14h, no auditório do Sindicato. Nela, seria debatida a proposta para ser apresentada em audiência no TRT, também marcada para a tarde desta 2ª.feira. Todos os participantes da assembleia poderiam acompanhar também a nova audiência de conciliação, já que o Sindicato fica próximo ao prédio do Tribunal. O Sindicato considera a presença dos jornalistas fundamental, não apenas para opinar sobre as estratégias de mobilização, como também para demonstrar o interesse dos profissionais aos magistrados.

Escala define equipe da Cycle World

Luiz Guerrero ([email protected]), diretor do Núcleo Motor da Editora Escala, confirmou esta semana a equipe responsável pelo conteúdo brasileiro da Cycle World. A publicação, especializada em motociclismo, chega ao mercado nacional em setembro repetindo o modelo de parceria internacional que a Escala tem com a Car and Driver. Dentre os nomes já confirmados estão o editor de testes Ismael Baubeta, ex-Quatro Rodas Moto, descontinuada em dezembro passado, que responderá pelos testes e avaliações das motos; o editor contribuinte Josias Silveira, fundador e ex-editor das revistas Duas Rodas, onde ficou por quase 40 anos, e Oficina Mecânica; o editor-assistente Guilherme Silveira, que vinha colaborando com outras publicações especializadas em motociclismo, como o Carplace Moto; o chefe de Arte Demétrios Cardoso (ex-Revista Náutica); além do time de colaboradores e colunistas, que já conta com Gabriel Marazzi, Geraldo Tite Simões e Cássio Cortês. O acordo de licenciamento com a Bonnier International Magazines, que edita a Cycle World nos Estados Unidos desde 1962, prevê total acesso ao conteúdo da versão americana, o que deve reforçar a linha editorial da revista no Brasil. “Isso nos dará forte vantagem competitiva diante das concorrentes, pois os principais lançamentos do setor poderão ser apresentados em primeira mão no Brasil. Mas nosso objetivo é ter pelo menos 70% de produção local”, garante Guerrero. A revista terá reportagens sobre comportamento, testes e avaliações, além de um caderno de Scooter com foco em lifestyle. Mensal, deverá circular com uma média de 100 a 120 páginas e 40 mil exemplares.

Multiplicam-se pautas com enfoques exclusivos e diferenciados

O mapeamento que a Organização do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade tem feito da imprensa brasileira no acompanhamento de trabalhos jornalísticos sobre Sustentabilidade mostra uma expressiva diversificação de pautas. São grandes temas que refletem a preocupação da sociedade com melhor qualidade de vida e preservação do meio ambiente. Têm crescido na mídia trabalhos sobre mobilidade urbana, desertificação, planejamento de cidades sustentáveis, reurbanização de áreas urbanas degradadas, potencial de frutos amazônicos na criação de renda, geração de novas profissões da economia verde, ecodesign aplicado na construção civil ou na fabricação de móveis, culinária diferenciada, mudanças de hábitos nas grandes cidades etc.. Mas não para por aí. Há também cada vez mais matérias mostrando a aplicação de conceitos da sustentabilidade em setores da economia como pecuária, construção naval, saúde e até mesmo moda. São de certo modo temas inovadores, que surgem no rastro de outros mais tradicionais, como a aplicação da logística reversa, o consumo consciente, a educação ambiental e os projetos sociais e ambientais e seu impacto na sociedade. Todo esse repertório jornalístico, que cada vez mais coloca a Sustentabilidade como questão central, tem lugar garantido entre as inscrições do Prêmio Jornalistas&Cia/HSBC de Imprensa e Sustentabilidade, que distribuirá R$ 107 mil em valores líquidos e cujas inscrições vão até 5 de setembro. Ainda há, portanto, tempo para pautar e produzir trabalhos sobre Sustentabilidade e inscrevê-los no certame (poderão concorrer trabalhos veiculados até 31 de agosto). As inscrições são exclusivamente online, pelo www.premiojornalistasecia.com.br, com suporte técnico em horário comercial pelo 11-3341-2799. A coordenação geral também está à disposição para esclarecer dúvidas. Basta enviar um e-mail para a coordenadora Lena Miessva ([email protected]) ou entrar em contato pelo telefone 11-2679-6994.

De papo pro ar  ?  General irritado

Mais uma do cientista e compositor Paulo Vanzolini com um general. Certa vez o general Golbery do Couto e Silva quis saber dele se era verdade que protegia pessoas perseguidas pelo regime militar. Paulo disse que sim. O general o ameaçou, dizendo que essa atitude poderia lhe custar caro. Paulo deu de ombros e respondeu: – Depende. – Depende de quê? – perguntou o general, irritado. – De quem vai durar mais, “nós” ou “vocês”. Dito isso, virou as costas e deixou o mandachuva fardado resmungando.

Prêmio CNI 2014 dará bolsas de estudos a vencedores

A edição 2014 do Prêmio CNI de Jornalismo terá um incentivo a mais aos seus participantes. Além dos prêmios em dinheiro, os trabalhos vencedores das categorias especiais Educação e Inovação e do Grande Prêmio José Alencar receberão bolsa de estudos para o curso de cinco dias Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais, ministrado em Fontainebleau, na França. Cada trabalho premiado receberá uma única bolsa de estudos. Caso a reportagem tenha sido produzida em equipe, os vencedores terão de apontar o nome do jornalista que receberá a bolsa, que inclui passagens aéreas, hospedagem e curso (aulas, material didático, almoço e coffee break no restaurante da escola, acesso a serviços e instalações do campus). Ministrado pelo Insead, uma das principais escolas de negócios do mundo, o curso é oferecido a executivos e empresários brasileiros pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As inscrições online para a edição 2014 do CNI de Jornalismo serão abertas em 1º de setembro próximo, seguindo até 30 de maio de 2014. Serão aceitos trabalhos jornalísticos veiculados entre 1º de abril de 2013 e 25 de maio de 2014, Dia da Indústria. O regulamento está disponível em www.premiocnidejornlaismo.com.br. A premiação é dividida em 13 categorias: Destaques Regionais (Norte, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste, cada uma no valor de R$ 15 mil), Impresso Jornal, Impresso Revista, Telejornalismo, Radiojornalismo e Internet (R$ 25 mil), Prêmios Especiais (Educação e Inovação, cada uma no valor de R$ 30 mil) e o Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo, no valor de R$ 50 mil. O anúncio dos finalistas ocorrerá em 2 de julho de 2014.   Saiba mais: Vencedores 2013 do Prêmio CNI de Jornalismo Informações sobre o curso Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais

Sônia Filgueiras vai chefiar Redação do Brasil Econômico no DF

Sônia Filgueiras assume na próxima 2ª feira (12/8) a Chefia de Redação da sucursal do Brasil Econômico, e assinará uma coluna semanal de macroeconomia às 4as.feiras. Ultimamente ela atuava na CDN, na equipe que ganhou a licitação da Secom/PR para cuidar da imagem do Brasil no exterior, e trabalhou por cerca de três anos no Estadão. Antes disso, esteve por mais de dez anos na Isto É, onde conquistou dois prêmios Esso: em 2001, no prêmio principal, em equipe, com a reportagem Senadores envolvidos na fraude do painel de votação do Senado; e em 2004, o de Informação Econômica, também em equipe, com Presidente e diretor do BC esconderam da receita  bens no exterior.

Número de cortes nas redações da Abril chega a 71 jornalistas

Embora ainda esteja em curso o novo processo de reestruturação que a Abril anunciou no último dia 1º/8, que implicou o fechamento das revistas Alfa, Bravo, Gloss e Lola e do portal Clube Alfa, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo confirmou que, dos 150 demitidos, 71 são jornalistas.  No comunicado em que informou as mudanças ao mercado, a empresa citou nominalmente oito executivos: Airton Seligman (diretor de Redação de Men’s Health, Claudia Garcia (diretora de Redação de Manequim), Demetrius Paparounis (diretor do Núcleo Femininas Populares), Gabriela Aguerre (com 17 anos de empresa, os últimos dez dirigindo a Redação de Viagem & Turismo), Lucia Barros (diretora de Redação de Máxima), Maria Rita Alonso (diretora de Redação de Estilo), Sandra Soares (diretora de Redação do Portal MdeMulher) e Sérgio Berezovsky (diretor de Redação de Quatro Rodas, que deve tirar férias e só depois decidir seu futuro), bem como Sandra Sampaio, que ocupava uma das diretorias de Publicidade Dedicada da UN Abril Segmentadas. Além deles, o Portal dos Jornalistas apurou que saíram da Viagem e Turismo o redator-chefe Paulo Vieira (na revista havia 12 anos), o designer Gilvan Filho e a repórter do site viajeaqui Maria Cecília Arra; Juliano Barreto, redator-chefe, Mauricio Moraes, editor e Vitor Milito, designer, todos da Info; a editora Karina Hollo e a editora visual Maina Falavigna, ambas de Nova; Rachel Campello, editora de Claudia; Rosana Biral, diretora de Arte de Casa Claudia Antonio Werneck, o Xó, que trabalhava na Unidade de Negócios Segmentada II, com Soluções de Conteúdo; Eliane Soares, da Dinap (circulação/distribuição); e Cassia Ribeiro, do Marketing de Veja. Nesta houve ainda outras 15 demissões, dos núcleos de Arte, Infografia e Online, entre eles os infografistas Cido Gonçalves, Luciana Martins, Thomaz Rezende e a pesquisadora Suely Bordin. No Rio, deixaram a revista o fotógrafo Oscar Cabral, com 25 anos de empresa, e Paula Neiva, que havia três anos estava na coluna GPS no site de Veja. Cria do Curso Abril, ela trabalhou por oito anos na sede em São Paulo, nas editorias de Saúde e Comportamento. Carioca, voltou ao Rio em 2010 para assumir a coluna sobre celebridades. Antes disso, fez tevê, em Globosat e Rede Vida, e também atuou no JB e na ONU.

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