Depois de mais uma edição marcada por uma expressiva participação de eleitores em seus dois turnos de votação, a eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio apresenta em especial publicado nesta sexta-feira (24/5) os 30 profissionais e as 25 publicações que serão homenageados em sua edição de 2024, a quarta de sua história.
Foi um ano marcado também por uma intensa renovação, com mais de 30% dos eleitos sendo homenageados pela primeira vez.
Entre os jornalistas, 12 nomes figuram pela primeira vez entre os TOP 30: Alessandra Mello (AgFeed), Arno Baasch (Safras News), Carla Caroline da Silva (Canal Rural), Carol Lorencetti (g1), Gabriel Azevedo (Canal Rural), Janaina Barros (Canal Rural), Jhonatas Simião (Notícias Agrícolas), Luisa Nogueira (Play no Agro), Marcelo Toledo (Folha de S.Paulo), Michelle Valverde (Diário do Comércio), Renata Afonso (Terraviva) e Thamires Benetório (Play no Agro).
Já entre os veículos, oito das 25 publicações estreiam nos TOP 3 de suas categorias: Agência Embrapa (Agência de Notícias), Agro Resenha e Agrolink News (Áudio), Climatempo (Canal de Vídeo), AgFeed (Periódico Especializado), AgroRecord News e SBT Agro (TV Geral) e Terraviva (Site).
Além da homenagem aos +Admirados do Ano, durante a cerimônia de premiação, que acontecerá em 12 de agosto, no hotel Renaissance, em São Paulo, serão conhecidos os
TOP 5 jornalistas mais votados e os primeiros colocados nas categorias para veículos. Vale lembrar que nos anos anteriores Sidnei Maschio (2021), Beatriz Gunther (2022) e Renata Maron (2023) foram eleitos os +Admirados Jornalistas do Ano.
A eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2024 conta com os patrocínios de Cargill, Mosaic Fertilizantes, Syngenta e Yara, apoios de Elanco, Portal dos Jornalistas e Press Manager, colaboração de BRF e Lavoro e apoio institucional de Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e Rede Agrojor. Empresas e entidades que queiram associar suas marcas à premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).
Mayariane Castro é a mais nova contratada do Correio da Manhã em Brasília. Aos 22 anos, ela é formada em Jornalismo pelo UniCeub. Entrou na faculdade precocemente, aos 16 anos. Ao passar por uma entrevista com Rudolfo Lago, chefe da sucursal do jornal, foi sincera e não hesitou em contar: “sou autista”. E mostrou por meio do currículo e de textos que tinha condições de exercer a profissão que escolheu. Sobre a contratação, Rudolfo esclarece que, na ocasião, não foi necessariamente o caso de promover inclusão, já que ele tinha uma vaga disponível e a profissional atendia bem ao que buscava. “É uma ótima profissional, que tem realizado de forma muito satisfatória o seu trabalho”, disse.
Kátia Morais, editora de J&Cia em Brasília, conversou com Mayariane sobre exercer a profissão, bem como o impacto do autismo no mercado de trabalho.
Jornalistas&Cia – Quem é a Mayariane que chegou recentemente ao Correio da Manhã? Como foi escolher e cursar Jornalismo quando se tem um diagnóstico de autismo?
Mayariane Castro – Sempre fui adiantada na escola, então cheguei à universidade bem nova. Além de ser considerada superdotada, só tive o diagnóstico de autismo recentemente, de grau dois, considerado moderado. Ainda assim o TEA (transtorno de espectro autista), que se caracteriza por causar dificuldades na comunicação e interação social, não me impede de exercer a profissão. Sempre fui uma pessoa que se comunicava melhor através da escrita, então optei por levar isso profissionalmente.
J&Cia – Você chegou a atuar na profissão antes? Qual trabalho está desempenhando no jornal?
Maya – Fiz dois estágios enquanto estudava, no IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) e no Funcef, além de ter sido monitora, por quatro anos, da Agência de Notícias do UniCeub, projeto comandado pelo professor Luiz Cláudio Ferreira, da EBC. Estou muito feliz por meu trabalho no jornal. Fui contratada como assistente de redação, responsável por fazer apurações políticas no Distrito Federal, e por cobrir o Palácio Buriti e a Câmara Legislativa dos Deputados para o caderno Nacional.
J&Cia – Como é exercer a profissão?
Maya – Como meu diagnóstico é recente, tenho aprendido a me adequar às necessidades de atuação no trabalho. A pessoa com autismo, por exemplo, precisa de rotina, e tem sido um exercício diário no sentido de precisar ter mais flexibilidade para escrever sobre temas diferentes a cada dia. Mas é uma questão de me adequar mesmo e também poder contar com o apoio da equipe. No que se refere à área sensorial, que consiste na dificuldade em lidar com barulho, por exemplo, preciso de apoio em relação a evitar esse tipo de ambiente. Essa conscientização e a cooperação das pessoas com quem trabalho são fundamentais para que eu possa me adequar ao trabalho. É uma moeda de troca.
J&Cia – Como você vê o mercado de trabalho para autistas? É inclusivo? Já teve dificuldades para se empregar?
Maya – Não é inclusivo. Já fui recusada em várias empresas, apesar das minhas aptidões, do meu currículo. Falo isso com absoluta convicção. Fui considerada, várias vezes, incompatível para a vaga, quando relatei possíveis dificuldades relacionais no trabalho do dia a dia. De forma geral, há uma visão estereotipada da pessoa com essa síndrome, relacionando-a a uma deficiência intelectual, quando o que é preciso é a conscientização desse processo limitante, para fazer as necessárias adequações ao trabalho.
J&Cia – E como você chegou a esse ponto de conscientização e autorreconhecimento na profissão?
Maya – Na vida mesmo. Além de jornalista, sou bailarina profissional. Atualmente danço na Cia de Dança Contemporânea e Danças Populares Brasileiras. A dança foi a maneira que encontrei para exercer a tão necessária terapia ocupacional para casos como o meu. O meu desenvolvimento se deve por ter conseguido aliar uma área de interesse com a expressão corporal, movimentos que deixam a desejar nos casos de autismo. Com a dança, portanto, exercito disciplina, coordenação, interação com outras pessoas, o que me ajuda na profissão e na vida.
Jornalistas&Cia divulgou nesta sexta-feira (24/5), em edição especial, os 30 profissionais e as 25 publicações que serão homenageados no prêmio +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2024.Na cerimônia de premiação, além da entrega do reconhecimento aos vencedores, Mauro Zafalon receberá um troféu por sua Contribuição ao Jornalismo do Agronegócio.
Repórter da Folha de S.Paulo, Zafalon é titular da coluna Vaivém das Commodities, que completou 35 anos na última quarta-feira (22/5). Ele cobre o setor do agronegócio pela Folha há mais de 50 anos. É repórter do jornal desde 1972. Mauro Zafalon será o segundo profissional a receber o troféu de Contribuição ao Jornalismo do Agronegócio. O primeiro foi José Hamilton Ribeiro, homenageado em 2021.
A eleição dos +Admirados da Imprensa do Agronegócio 2024 conta com os patrocínios de Cargill, Mosaic Fertilizantes, Syngenta e Yara, apoios de Elanco, Portal dos Jornalistas e Press Manager, colaboração de BRF e Lavoro e apoio institucional de Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e Rede Agrojor. Empresas e entidades que queiram associar suas marcas à premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu na última quarta-feira (22/5) a existência de assédio judicial contra jornalistas e veículos de imprensa. O julgamento foi realizado em razão de ações apresentadas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
A decisão, tomada de forma unânime, considera inconstitucional o uso de múltiplas ações judiciais para intimidar ou dificultar o exercício da imprensa. Segundo a tese do ministro Roberto Barroso, presidente do STF, uma vez caracterizada essa prática, as ações podem ser reunidas no mesmo foro.
Também foi determinado que “a responsabilidade civil de jornalistas ou de órgãos de imprensa somente estará configurada em caso inequívoco de dolo ou de culpa grave (e evidente negligência profissional na apuração dos fatos)”.
O julgamento, iniciado em 2023, foi retomado na semana passada após o pedido de vista de Barroso. Na época, a ministra Rosa Weber, atualmente aposentada, votou contra a solicitação de unificação das ações em um único local, argumentando que isso implicaria na criação de uma nova regra e alteraria a estabelecida pelo Legislativo.
As ações foram motivadas por casos como o de Elvira Lobato, que, enquanto repórter da Folha em 2007, publicou uma matéria sobre o patrimônio de empresas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus. O ato fez a profissional e o veículo se tornarem alvo de diversas ações judiciais de membros da igreja, que alegavam danos morais.
O caso levou Taís Gasparian, advogada da jornalista na época e representante da Abraji na ação, a usar pela primeira vez o termo “assédio judicial”. Durante o lançamento do Monitor de Assédio Judicial contra Jornalistas no Brasil, ela revelou que, apesar de terem vencido todos os processos, o episódio paralisou sua agenda e a de Elvira por dois anos, já que tiveram que viajar pelo Brasil para participar das audiências.
Em um passado não muito distante, sempre que acontecia alguma tragédia relacionada a fenômenos naturais, como no caso das enchentes na Região Sul, a natureza era apontada como a principal responsável.
A compreensão dos efeitos da ação do homem sobre o planeta fez com que a mídia passasse a associar com mais frequência o que acontece na vida real ao que os cientistas escrevem em papers acadêmicos.
No entanto, a adoção da chamada “atribuição” ainda está longe do que recomendam especialistas em mudanças climáticas.
O desafio é que, literalmente no meio da tempestade, muitas vezes falta tempo ou espaço para explicações que podem mudar mentalidades, acelerar transformações e combater a desinformação.
E depois que as águas baixam, as estradas são desobstruídas e o comércio volta a funcionar, o jornalismo nem sempre acompanha os desdobramentos, cobrando responsabilidades e contribuindo para evitar que os danos se repitam.
Logo após o terremoto de 2023 na Turquia, que deixou mais de 40 mil mortos, a Global Investigative Journalism Network (GIJN) elaborou uma lista com perguntas que a imprensa não deveria deixar de fazer durante e depois de catástrofes semelhantes.
Terremoto na Turquia deixou mais de 40 mil mortos (Crédito: ACNUR/Hameed Maarouf)
O desastre foi agravado por ação humana antes, durante ou depois?
Essa pergunta pode desencadear vários ângulos de investigação – desde matérias factuais sobre falhas de planejamento e em sistemas de alerta até a falta de prevenção contra os efeitos previsíveis das mudanças climáticas.
O número de vítimas foi influenciado por corrupção ou clientelismo?
Segundo um estudo da Nature citado no guia, 83% das mortes causadas por quedas de prédios em terremotos nas últimas décadas ocorreram em países com corrupção sistêmica. Práticas construtivas são “em grande parte responsáveis por transformar terremotos moderados em grandes desastres”, conceito que se aplica ao Brasil, onde construções irregulares nem precisam de terremoto para virem abaixo.
Para onde foi o dinheiro da ajuda − e por que ele pode não ter chegado a quem precisava?
Quando milhões são liberados rapidamente em programas de ajuda, não são incomuns os casos de corrupção, favorecimento de fornecedores ou erros que adiam ou impedem a chegada do apoio a quem precisa. O GIJN recomenda atenção a problemas como venda de material de ajuda no mercado negro e cumprimento dos contratos por parte dos fornecedores.
O que os registros oficiais dizem sobre a atuação de órgãos de gerenciamento de emergências esobre uma possível desigualdade na assistência a desastres?
O guia recomenda verificar o histórico de liberação de pedidos de assistência para identificar possíveis declínios, e se houve discriminação contra comunidades menos favorecidas, comparando a ajuda aos dados populacionais.
O desastre pode ter causado contaminação?
Vendavais, deslizamentos de terra e enchentes podem contaminar reservatórios de água, causar vazamentos em refinarias de petróleo ou em fábricas de produtos químicos, fatos que muitas vezes não são revelados sem investigação jornalística.
Há ameaças futuras à saúde pública?
O GIJN sugere atenção a condições criadas por desastres que podem gerar ondas de doenças no futuro, resultantes de problemas como água que permaneça contaminada ou sistemas de saneamento atingidos pelo evento climático sem o devido reparo.
Como noticiar saques de maneira ética?
Os especialistas enfatizam que os jornalistas devem tomar cuidado para evitar estereótipos e relatar incidentes desse tipo no contexto das condições enfrentadas por cada comunidade afetada.
O que se pode aprender com novos atores que participam da resposta a emergências?
Voluntários e fóruns online podem ser fonte de informações independentes importantes e até denunciar más práticas. Sair da esfera das informações oficiais amplia o foco da apuração.
Quem lucra com o desastre?
Os desastres ambientais registram “casos alarmantes” de golpes e oportunistas tentando lucrar com a tragédia, salienta o GIJN, e isso deve estar no radar da imprensa.
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O Estadão, mais longevo dos grandes jornais brasileiros, levantou R$ 160 milhões, entre emissões de dívida e um aporte da família Mesquita. A informação é de Geraldo Samor e Pedro Arbex, no Brazil Journal. Segundo eles, a SA O Estado de S. Paulo, a empresa que controla o jornal, levantou cerca de R$ 142,5 milhões em duas emissões de debêntures junto a investidores institucionais e de private banking. Uma das debêntures tem prazo de dez anos, renovável por mais dez. Em vez de pagar uma taxa fixa, o papel dá a seu detentor uma participação de 12,5% na distribuição de lucros da empresa. A outra dívida levantada é um título perpétuo, conversível em ações, e também remunerado com base nos resultados da empresa.
Alinhando-se aos credores, informa o BJ, os 15 membros da quarta geração da família Mesquita aportaram R$ 15 milhões em dinheiro novo e cederam 10% de sua posição acionária na Agência Estado para a empresa que controla o jornal e que está tomando a dívida. Em dezembro, os Mesquita já haviam convertido em ações mais de R$ 100 milhões em créditos que tinham contra o jornal.
“O objetivo dessas transações é acelerar os nossos projetos de transformação digital, investir no nosso editorial e manter o Estado como uma empresa jornalística independente”, disse Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado, ao Brazil Journal. Desde 2019, o Estadão contratou consultorias, mudou seus sistemas de produção, de CRM e paywall, comprou ferramentas de tecnologia e recrutou equipes especializadas no digital. “Agora vamos continuar investindo em novas tecnologias e contratar mais gente com experiência no mundo de conteúdo digital, editorial e processos”, afirmou Mesquita.
A Folha de S.Paulo anunciou nesta semana duas novidades em sua redação envolvendo as criações de uma editoria de Inteligência Artificial e do novo posto de correspondente climático.
Comandada por Daniela Braga, a editoria de IA estreará em 3 de junho e terá como objetivo principal acelerar e entender os melhores caminhos para uso da inteligência artificial tanto em processos internos, entre os jornalistas da Redação, como nos voltados diretamente para os leitores. A cobertura do tema continuará dentro da editoria de Tecnologia da Folha, mas em seu novo desafio Daniela responderá diretamente à Secretaria de Redação.
Na Folha há 16 anos, ela ocupa desde agosto de 2020 o cargo de editora-adjunta de Digital e Audiência. Antes, trabalhou na homepage, Novas Plataformas e em Mídias Sociais. Também foi repórter do Guia Folha e comandou o blog Enfim Sós..
Já o novo posto de correspondente climático, inédito no Brasil, será ocupado pela repórter Giuliana Miranda. Na Folha desde 2010, ela vinha atuando como correspondente em Lisboa e agora se muda para Madri onde passará a acompanhar o tema. Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa, a jornalista tratou em sua dissertação o papel da sociedade civil nas negociações climáticas internacionais.
Vale lembrar que a Folha tem uma editoria de Ambiente desde maio de 2022 e as reportagens sobre mudanças climáticas são publicadas com o selo Planeta em Transe. O jornal também conta com um correspondente na Amazônia, o repórter especial Vinicius Sassine, baseado em Manaus.
Faleceu na terça-feira (21/5) Daniel Japiassu Lins, aos 52 anos, em São Paulo, vítima de um câncer. O velório ocorre na manhã desta quarta-feira (22/5), no Cerimonial Pacaembu. Ele deixa a esposa Larissa Purvini e três filhas. Daniel era filho do também jornalista Moacir Japiassu, falecido em novembro de 2015.
Desde março de 2022, Daniel atuava como gerente de contas sênior na Inner Voice Comunicação. Em suas passagens pela comunicação corporativa, esteve também em Edelman, Paypal (duas vezes) e MSL Group.
No jornalismo, iniciou a carreira como repórter do caderno Divirta-se do Jornal da Tarde (SP), em 1993. No ano seguinte, acumulou a função de subeditor do Caderno de Sábado, dedicado à publicação de resenhas literárias. Após sair do JT, em dezembro de 1994, tornou-se colaborador de diversas revistas, como Claudia e Nova , da linha feminina da Editora Abril, e Conecta, dedicada à informática.
De abril de 1995 a julho de 1996, foi subeditor do caderno de Informática da Folha de S.Paulo, cobrindo feiras e eventos do setor. Posteriormente, foi para a CartaCapital, onde trabalhou por quase quatro anos. Passou por Época, Gazeta Mercantil Online e Custom Editora antes de chegar ao Estadão, veículo no qual trabalhou por quase quatro anos como editor da coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy.
Vitor Sznejder faleceu em 10 de abril, aos 71 anos. Um mês antes, sofreu uma queda em casa, em Petrópolis, onde residia. Ficou três semanas internado e teve uma hemorragia no estômago. Foi sepultado no cemitério judaico Chevra Kadisha de Vilar dos Teles, em Belford Roxo. Deixou o filho Bruno, que mora na Inglaterra.
Bacharel em Comunicação Social pela PUC-Rio, era mestre em Jornalismo pela Universidade de Columbia, NY, EUA.
Em 1974, entrou para o Grupo Globo. De início no jornal O Globo, foi repórter, redator, colunista e coordenador de reportagem. Na TV, após rápida passagem pelo programa Bom Dia Brasil, integrou a equipe multidisciplinar que montou o primeiro site institucional da TV Globo. Em 1988, foi porta-voz do consórcio Globopar/Bradesco/Telecom Itália/AT&T, que venceu a licitação para operar a telefonia celular nos estados de Bahia e Sergipe. Com base em Salvador, criou a primeira diretoria de Comunicação da Maxitel, denominação da nova operadora, reportando-se à Globopar, holding das então Organizações Globo.
Esteve por 14 anos na Souza Cruz, saindo como gerente de Comunicação Corporativa. Em 2007, chefiou a comunicação do Governo da Bahia, durante a gestão de Jaques Wagner. Depois disso, atuou em sua empresa VS Consultoria. Entre outros trabalhos, assessorou o prefeito de Petrópolis, em 2018, quando se mudou definitivamente para a cidade serrana.
Foi professor convidado e palestrante nas Fundações Getulio Vargas e Dom Cabral, entre outras instituições de ensino. Pela Mauad, publicou o livro Jornalistas – Formação, informação, caminhos, tendências, opiniões, perfis, com prefácio de Alberto Dines.
A Gazeta de Bebedouro, cidade do interior de São Paulo, celebrará 100 anos de circulação em 6 de junho. Criado quando Bebedouro completava 40 anos, o jornal impresso foi testemunha e protagonista da história da cidade. O aniversário marca a renovação de seu compromisso em trazer informação ao povo bebedourense.
Fundado em 1924 pelo comunicador e político Lucas Evangelista, inicialmente como um órgão oficial do Partido Republicano, o veículo tornou-se independente somente posteriormente. Ele circulava aos domingos e contava com colaboradores como Elizário de Vasconcelos, Leal Filho, Eugenio Silva, Estácio Caldeira Cardoso e José Evangelista, seu filho. Permaneceu sob o comando de Lucas até sua morte, em 1940.
Em 1943, a Gazeta passou a ser comandada por José Caldeira Cardoso, mais conhecido como Juca Caldeira, juntamente com sua esposa e escritora Sarah Pacheco Cardoso. Durante 45 anos, ele não só utilizou o jornal como uma ferramenta de informação, mas também como um meio de prestar serviços à população.
Entre eles, a criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionias (Apae) de Bebedouro. Em entrevista a J&Cia, Sarah Cardoso, filha de Caldeira e atual diretora, contou sobre o surgimento da ideia: “Nós temos uma relação muito próxima com nossos leitores. Lembro de quando ele recebeu um grupo de pais de alunos portadores de deficiência, eles desejavam a ajuda do jornal para criação de uma Apae na cidade e meu pai abraçou a missão”.
Juca formou um grupo que se dedicou à obtenção de um terreno e promoveu campanhas para adquirir o material de construção da instituição, da qual foi presidente até seu falecimento. Durante sua gestão também colaborou na reforma de uma praça, que culminou na criação da Fonte Sonoro Luminosa Gazeta de Bebedouro, batizada em reconhecimento à sua participação.
Sarah tomou posse após a partida do pai e apesar de trazer mudanças, manteve a cultura de proximidade com o leitor. “Introduzi outras retrancas e a Página Dois. Ela é composta por colaboradores especialistas de Bebedouro, eles nos procuram e se oferecem para publicar artigos, é muito bacana”, explica. “Em 2012, criamos o site e logo depois a assinatura digital. Atualmente somos uma publicação bissemanal, com entre 8 e 12 páginas”.
Questionada sobre a sensação de dar continuidade ao legado da família, ela declarou ser um privilégio: “É um prazer enorme poder documentar a história da nossa cidade e ver o resultado do nosso trabalho após a publicação de cada edição”.
Para celebrar o aniversário, será realizada uma comemoração em 6/6, às 20h, no Teatro Municipal de Bebedouro. Na ocasião, a equipe do jornal revelará os bastidores da redação e outras surpresas.