Em entrevista exclusiva ao Portal dos Jornalistas, presidente da Fundação TV Minas esclarece que momento é de transição e que outras mudanças estão por vir. Movimento Salve a Rede Minas discorda do posicionamento da diretoria A Rede Minas vive momentos delicados desde a decisão judicial que estabeleceu realização de concurso público para seu quadro funcional no ano passado. Recorrentes protestos de insatisfação por parte dos funcionários, mudanças no quadro de pessoal e na programação são apontados pelos colaboradores como os principais indícios de um período conturbado e incerto. “O processo de concurso público é democrático, mas a forma como foi realizado não foi a mais adequada”, pontua o jornalista e membro do Movimento Salve a Rede Minas Leandro Lopes. “O concurso prevê 203 cargos concursados e 83 comissionados. Anteriormente, a tevê tinha mais de 400 funcionários e com a realização do concurso não ficou claro o motivo da redução”. Julio Miranda, presidente da Fundação TV Minas, esclarece que a mudança no modelo de gestão está acontecendo por determinação legal: “Entendemos que o processo de mudanças gera insegurança, mas o clima vai se recuperando à medida que a rotina se estabilizar. Nesse sentido, o movimento Salve a Rede Minas desempenha papel fundamental enquanto promotor das manifestações sociais e da defesa do patrimônio público. O importante é filtrar as informações propagadas e extrair delas dados relevantes”. Leandro Lopes também denuncia que a programação está sofrendo perdas significativas: “O conteúdo produzido está sendo sucateado. Programas como Rede Mídia, Jornal Visual, Curta, Trilhas do Sabor, Planeta, Diverso, Mais Ação, Bem Cultural, Dango Balango e Concertos Harmonia não estão mais sendo produzidos, apesar de alguns deles ainda serem veiculados como reprise. A Rede tem apenas sete horas semanais de produção de conteúdo”. O presidente da Fundação rebate afirmando que as mudanças fazem parte do processo natural da programação: “A produção de material não foi interrompida. Alguns programas saíram da grade e outros entraram, dentro da dinâmica da tevê. Atualmente, a emissora tem 24 projetos ativos, 23 horas de produção local e 90 minutos de coprodução local. As alterações realizadas na grade representam um ganho em profundidade de conteúdo, não uma perda de material”. Miranda informa ainda que o quadro de funcionários operante após os ajustes necessários de rotina será de 286 pessoas, “número adequado ao nível de produção ímpar que a emissora possui”. Para o Salve a Rede Minas, a remuneração oferecida aos funcionários concursados está abaixo do valor pago no mercado, o que prejudica a qualidade do conteúdo produzido. Questionado, Miranda pondera que a Rede Minas não é uma instituição governamental isolada e que a política de remuneração não pode ser analisada de forma restrita: “Não somos uma emissora com capacidade financeira de mercado. O projeto que determinou funções e salários foi aprovado pela Assembleia mineira e estamos cumprindo a determinação estabelecida no documento”. E ele prevê outras mudanças para os próximos meses: “A emissora completa 30 anos sendo reconhecida como veículo participativo, estimulador de cultura, educação e cidadania. As reformulações se estendem à mudança para uma sede própria (prevista para março de 2015) e uma renovação de imagem. Não queremos ser apenas uma tevê de telinha. Vamos nos adequar para receber participações sociais e virtuais”. Lopes contrapõe, afirmando que o movimento não tem o que comemorar: “Estamos vivendo uma perigosa perda de conteúdo. A tevê já foi uma das mais importantes emissoras públicas nacionais e vive momento de declínio. Torcemos para que esse quadro seja revertido com o apoio da sociedade”.
Vaivém das Redações!
Veja o resumo das mudanças que movimentaram nos últimos dias as redações de São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Ceará: São Paulo Tatiana Klix (tatiana.klix@gmail.com) é a nova editora do Porvir (porvir.org), plataforma de produção, difusão e troca de conteúdos sobre inovações educacionais. Ela substitui Mariana Fonseca e passa a ser responsável pelo conteúdo publicado via internet e a organização de eventos de mobilização presencial com objetivo de inspirar políticas e práticas para melhorar a educação no País. Tatiana foi repórter de Zero Hora, editora-executiva no portal clicRBS e editora de Educação no iG. Brás Henrique, ex-correspondente do Estadão em Ribeirão Preto, passou a editar o Blog do Galeno, de Galeno Amorim, e da sua newsletter que semanalmente leva para mais de 100 mil usuários temas de livros, leituras, literaturas e bibliotecas. Distrito Federal Patrícia Fernandes (patricia.fernandes@jornaldebrasilia.com.br), que atuava como repórter, é a nova subeditora de Cidades do Jornal de Brasília. O jornal também tem novidades na área Comercial, com a chegada do gerente Khalil Faraj. Minas Gerais Aline Gonçalves, ex-O Tempo, agora faz parte da equipe da Revista Encontro. Ela recebe pautas, em especial as de gastronomia, pelo agoncalves@editoraencontro.com.br. Silvânia Arriel, editoria executiva da Viver Brasil, está de férias até 23 de julho. Na ausência dela, pautas podem ser encaminhadas para tamara.jesus@vbcomunicacao.com.br. Ceará Com a extinção da revista Siará (ver J&Cia 941), Cristina Pioner assumiu no Diário do Nordeste a redação do suplemento semanal Vida, que tem como editora e colunista Giovanna Sampaio. Completam a equipe a colunista Natália Varela, a diagramadora Gracielle Sampaio e o estagiário William Santos. Maísa Vasconcelos, ex-tevês Jangadeiro, Diário e NordesTV, é a nova articulista de O Povo. Daniele Portela assume programa matinal na FM Dom Bosco. Leia mais + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações! + Vaivém das Redações!
A Copa no Portal dos Jornalistas ? III
Nesta terceira e última parte do nosso tour pelos perfilados do time do esporte brasileiro no Portal dos Jornalistas, vamos de homenagens. Alguns sofreram “impedimentos” e não estão cobrindo pessoalmente a Copa do Mundo no Brasil. Foram mestres em suas carreiras e deixaram os corações dos torcedores brasileiros saudosos e um pouco mais tristes. Marcaram também por suas frases. Osmar Santos, o Garotinho, com o “Ripa na Xulipa” e “Pimba na gorduchinha”, há anos longe dos campos, recupera-se em casa de um acidente automobilístico. Geraldo José de Almeida (até 16/8/1976), marcou a chegada dos bordões ao futebol. Nem chegou a entrar no Portal. Criou expressões como “Linda! Linda! Linda!”, “Que que é isso, minha gente!”, “Mata no peito e baixa na terra!”, “Ponta de bota” e “Seleção Canarinho do Brasil”. Também chamava os jogadores de maneira peculiar: Pelé era o “Craque Café”, Rivelino o “Garoto do Parque” e Tostão de “Mineirinho de Ouro”. O narrador esportivo Walter Abrahão (até 8/8/2001) também deixou as coberturas antes de entrar no Portal. Morreu aos 80 anos. Foi um dos mais importantes nomes da narração esportiva da história da TV brasileira. Gravou nas mentes dos brasileiros, para marcar o gol: “Oooolha o placar!!!! ÔXO, ou seja, zero a zero. Benjamin Abaliac (até 29/5/2014) morreu 15 dias antes de a Copa começar. Com mais de 30 anos de carreira, atuou, por 25 na editoria de Esportes do Estado de Minas, onde foi subeditor. Luciano do Valle (até 10/4/2014) tornou-se um dos ícones da narração esportiva no Brasil. Sentiu-se mal quando chegava a Uberlândia para cobrir o jogo entre Atlético-MG e Corinthians, no Estádio Parque do Sabiá, pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro. Montou a equipe de esportes da TV Bandeirantes e foi o narrador titular da TV Globo por oito anos. É considerado um dos grandes responsáveis pelo sucesso do vôlei no Brasil. Maurício Leandro (até 25/7/2013) era locutor esportivo e comentarista da Rádio Mega FM do DF, morreu em acidente de carro na BR-040, em Felixlândia, região central de Minas. Ele estava acompanhado do comentarista esportivo Fernando Brettas, que também faleceu no acidente. Eles voltavam da cobertura da disputa entre Atlético-MG x Olímpia pela Libertadores da América. Maurício Torres, (até 31/5/2014). Após passar mal durante um voo indo para mais uma cobertura, vinha sofrendo várias complicações médicas. Desde 2012 apresentava o Esporte Fantástico na Record, ao lado de Mylena Ciribelli e Cláudia Reis. Participou da cobertura de eventos como Jogos de Inverno de Vancouver (2010), Jogos Pan-americanos de Guadalajara (2011), Olimpíada de Londres (2012) e Jogos de Inverno de Sochi (2014). Joelmir Beting (até 29/11/2012) foi um profissional de economia apaixonado por futebol e pelo Palmeiras. Começou a carreira em 1957 nos jornais O Esporte e Diário Popular. Tempos depois, trabalhou também na Jovem Pan. Foi nessa fase da vida profissional que criou a expressão “Gol de placa”, após acompanhar uma partida entre Fluminense e Santos no dia 5 de março de 1961 no Maracanã pelo Torneio Rio-São Paulo. Quando faltavam apenas quatro minutos para o término do confronto, Pelé dominou a bola no seu campo de defesa e, com uma arrancada linda, driblou seis adversários até tocar a bola levemente para a meta do time das Laranjeiras, fechando o placar em 3 a 1 para o Peixe. Repetindo o jargão do Repórter Esso, o então jovem jornalista, que naquela ocasião estava a serviço do jornal O Esporte, chegou à redação e sugeriu aos seus chefes que fizessem uma placa de bronze para eternizar o feito. A placa, tempos depois, foi inaugurada no maior estádio do mundo. São eles os nossos anjos que acompanham cada lance da partida e juntos torcem pela nossa seleção e pelo Brasil que neste 2014 transformou-se no país de todas as bandeiras. Leia mais + A Copa no Portal dos Jornalistas – I + A Copa no Portal dos Jornalistas – II
A Copa no Portal dos Jornalistas ? II
Nesta segunda matéria da série sobre a Copa do Mundo no Portal dos Jornalistas vamos apresentar os nossos homens no torneio. Grande parte dos 667 homens do Esporte perfilados no Portal marca sua trajetória no jornalismo com bordões acompanhados de muita pontuação: exclamações, interrogações, as reticências do nervosismo, a insatisfação pelo erro do juiz e as vogais repetidas e repetidas para acentuar o impacto: Adalberto Piotto, autor, produtor e diretor do documentário Orgulho de ser brasileiro, apresentador do Revista Fecomércio, foi repórter e âncora dos programas Sintonia CBN e CBN Total e criou na rádio o Quatro em Campo, sobre esportes e com o toque irreverente dos comentaristas. Antônio Augusto é o criador dos bordões “Tem gol!” e “A hora certa mais certa do Brasil!”. Claudio Carsughi, nascido na Itália, veio adolescente para o Brasil e começou a trabalhar muito jovem, cobrindo a Copa do Mundo de 1950. É um veterano do Esporte, na ativa da rádio Jovem Pan e no SporTV. É o mestre Carsughi. Evaldo José carrega na voz o bordão “Que lindo!”, quando sai um gol, por sugestão do falecido cronista esportivo Luiz Mendes, e que se tornou um dos bordões mais conhecidos do rádio esportivo carioca. Após o bordão, grita gol subindo o tom de voz em uma escala diferente da maioria dos demais locutores. Também tem como bordões “É do Vascão”, “É do Fluzão”, “É do Mengão” e “É do Fogão”, além de “Você, a bola e eu”, no início das partidas de futebol. Deva Pascovicci, o “Pavarotti”, como é mais conhecido por sua voz imponente, têm alguns bordões bem conhecidos no rádio paulistano e brasileiro, como “Praaaaaaaaá… explodir de alegria!” (quando um time marca um gol); “Preeeeeeeepare-se!” (antes do início das partidas); “Cara a cara, cara a cara, cara a caraaaaaa….” (quando um jogador fica livre, de frente com o goleiro adversário); e “Não, não, não, não, não, não!” (quando acontece uma jogada ou lance muito feio). Galvão Bueno transmitiu em 1994 a conquista do tetracampeonato mundial de futebol da seleção brasileira. Na decisão entre Brasil e Itália, quando terminou a disputa dos pênaltis, ao lado de Pelé e de Ciro José, não controlou a emoção e gritou: “Acabou! Acabou! É tetra! É tetra!”. Naquele mundial, Galvão criou o bordão “Vai que é sua, Tafarel!”, para o goleiro da seleção brasileira. O locutor já era conhecido por expressões como “Bem, amigos da Rede Globo” e “O jogo é dramático”. João Guilherme é o dono dos bordões “Que desagradável!”, “Inacreditável!” e “Goooool!”, que com a emoção traz um estilo próprio de narrar. Trabalha no SporTV, é narrador de futebol do canal Fox Sports e na Rádio Manchete, no Rio de Janeiro. Esporadicamente, narra lutas de boxe no canal Combate. Faz parte da equipe da Fox na transmissão e comentários dos jogos da Copa do Mundo no Brasil. José Carlos Araújo, o “Garotinho”, marca suas narrativas com “Apontou, atirou, entrou!”, “Golão, golão, golão!”, “Se o jogo tá na tevê, a gente se liga em você!”, “E o tempo vai passandoooo!”, “Parou, parou, parou!” “Apite comigo, galera!”, e “Obrigado a você pela carona que me dá…” José Silvério, conhecido como “O Pai do Gol”, é narrador titular da Rádio Bandeirantes desde 2000. “Iiiiii! Que golaço!” Juarez Soares leva o mérito de ter trazido o GP Brasil de Fórmula 1 de volta para São Paulo, em 1990. Segue como comentarista. Luís Carlos Quartarollo ganhou o apelido, dado por Milton Neves, de “Repórter Cascavel”. Neves também escolheu o nome de guerra dele, dizendo “de Santos e Silvas o Brasil está cheio, Quartarollo é nome forte”. Marcos Uchôa Iniciou sua carreira na TV Manchete, pela qual cobriu os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Transferiu-se para a TV Globo em 1987, onde passou a produzir matérias para Globo Esporte e Esporte Espetacular. Anos depois se tornaria correspondente internacional. Fala cinco idiomas e busca traduzir o sentimento internacional sobre o Brasil da Copa. Mario Marra é conhecido como “Olho Clínico”, apelido dado pelo narrador Deva Pascovicci. Ao falar do seu time do coração, o Palmeiras, Roberto Avallone já citou muito a “Tia Dora”. Outra peculiaridade dele é mencionar a pontuação ao final de uma frase, complementando a narração com descrições como “ponto de interrogação”, “exclamação” e “ponto final”. Sylvio Luiz narrador esportivo, completou 60 anos de profissão em 2012. Cunhou bordões como “Olho no lance!”, “Foi, foi, foi, foi, foi ele”, “Pelas barbas do profeta!”, com o complemento “O que eu vou dizer em casa?”. Walter Casagrande, comentarista esportivo e ex-jogador de futebol, passou por ESPN, Band e Record. Atualmente é comentarista na TV Globo e da rádio Globo. Fecha o trio de comentaristas da Globo para os principais jogos da Copa com o âncora Galvão Bueno e o ex-jogador Ronaldo. Esse time só se completa como os demais nomes do escrete esportivo brasileiro que também estão no Portal dos Jornalistas, como: José Carlos Fantini Carboni, Juca Kfouri, Lédio Carmona, Léo Batista, Luciano Faccioli, Luis Henrique Benfica, Luiz Penido, o ”garotão da Galera”, Mauro Beting, Mauro Naves, Milton Leite, Milton Neves, Octávio Muniz, Odinei Ribeiro, Pedro Luiz, Reginaldo Leme (do automobilismo), Roberto Carmona, um dos mais antigos comentaristas, Sílvio Scalioni, de Belo Horizonte, Tiago Leifert, Tino Marcos, Wilson Baldini Júnior, do boxe e UFC, e muitos mais. Basta navegar no Portal dos Jornalistas para conferir. Leia mais + A Copa no Portal dos Jornalistas – I + A Copa no Portal dos Jornalistas – III
A Copa no Portal dos Jornalistas ? I
O Portal dos Jornalistas preparou para a Copa do Mundo no Brasil um escrete especial. Temos no ar os perfis de 781 profissionais da área de esportes, com suas histórias, trajetórias no jornalismo, exemplos de determinação e superação, e, lógico, com seus bordões. Acompanhamos a movimentação da imprensa na cobertura dos jogos e preparamos uma sequência de matérias sobre os profissionais que levam ao País a narração, os comentários e as análises sobre os fatos que se desenrolam fora das arenas. Nesta primeira edição, vamos ao placar: daqueles 781 profissionais perfilados no Portal dos Jornalistas, 114 integram o time feminino. Pela ordem alfabética, a lista começa com Abel Neto, jornalista da TV Globo, primeiro nome não apenas do time do jornalismo esportivo, mas também do rol geral do Portal dos jornalistas. Nesta Copa do Mundo, Abel acompanha a seleção brasileira em hotéis, treinos e traz a escalação. Busca as previsões de Luiz Felipe Scolari, o técnico Felipão, para o jogo que está para acontecer, os comentários do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira sobre o desempenho dos atletas, a saída e chegada do ônibus da seleção para o campo da vez, e informa até quem comeu o quê na refeição anterior. As 114 mulheres perfiladas são boas de bola, isso só para falar das quatro cujos nomes estão na letra “A” do Portal. Vejam vocês: Adriana Saldanha, da ESPN Brasil, por exemplo, recebeu em maio de 2010 a premiação da ESPN internacional, em Bristol (EUA), como diretora geral do documentário Caravana do Esporte e da Música pela contribuição social da caravana a crianças e jovens brasileiros. Foi a primeira profissional brasileira a receber o Team ESPN Voluntears. Há 13 anos na ESPN Brasil, Adriana já atuou como repórter, apresentadora e editora-chefe do Núcleo de Esportes Radicais e também do programa Loucos por Futebol. Alice Bastos Neves é repórter da RBS TV e apresentadora da edição gaúcha do Globo Esporte desde 2011. Na cobertura da Copa do Mundo no Brasil entra ao vivo mostrando a movimentação da torcida, os comentários dos torcedores sobre o desempenho dos jogadores e jogadas. Lances emocionantes que ela respalda com a trajetória de cada atleta. Aline Bordalo é repórter de Esportes da TV Bandeirantes, passou por SBT, Globo e Verdes Mares. Escreveu um livro sobre o futebol carioca infantil: O quero-quero artilheiro (Daudt Editora, 2012), inspirado nos bastidores do futebol carioca e no pássaro que constrói seus ninhos em estádios de futebol. Amanda Romanelli está no Esporte de O Estado de S. Paulo e no portal estadão.com. Comanda também o blog Na pista e no campo. Na opinião dela, o jornalismo esportivo é “feito de opções: é necessário escolher quem cobrir, quais atletas e clubes, e saber onde encontrar material”. Das 114, 43 estão em São Paulo, 23 em Minas, 15 no Rio e as demais em Bahia, Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e no Planalto Central. Na Capital Federal, Ananda Rope editora e responsável pelos textos da Revista Paralímpico, do Comitê Paralímpico Brasileiro, passou pelos jornais O Dia e Correio Braziliense, nas editorias de Esporte, Política e Economia. Leia mais + A Copa no Portal dos Jornalistas – II + A Copa no Portal dos Jornalistas – III
Fullpower comemora nove milhões de visualizações no youtube com novo quadro
A revista Fullpower comemora com um novo quadro os nove milhões de visualizações de seus vídeos no youtube, onde seu canal já conta com 66 mil assinantes (na fanpage do facebook os seguidores somam 400 mil). “Estamos focando na produção de vídeos e começamos um novo quadro, o Fullprojects, que mostrará passo a passo os carros sendo modificados”, informa o diretor de Redação Eduardo Bernasconi. “O primeiro carro das transformações é um Dodge Charger, da Fiat Chrysler”. O quadro mostra em episódios a modificação de carros dentro das próprias dependências da editora – que é em parte escritório, em outra, oficina. Luciano Falconi, João Mantovani, Giuliano Gonçalves e Lucas Ohori são os profissionais da equipe destacados para a produção dos vídeos, apresentados em revezamento por Gonçalves, Mantovani e Bernasconi.
Um ano sem Teresa Urban
Por Liliana Lavoratti (*), especial para o Jornalistas&Cia Há um ano – em 26 de junho de 2013 –, a jornalista, ambientalista e escritora Teresa Urban morreu aos 67 anos, de problemas cardíacos, em Curitiba, sua terra natal e onde residiu durante quase toda a vida. Ativista política de esquerda nos anos 1960, foi pioneira na cobertura de assuntos ambientais na imprensa brasileira e deixou uma extensa obra, composta de 27 títulos, com ênfase em ambientalismo, direitos humanos, política e até ficção. Em maio último, a Comissão Estadual da Verdade do Paraná passou a se chamar Comissão Estadual da Verdade Teresa Urban, conforme o decreto 10.941. A história de Teresa Urban é um dos capítulos mais relevantes da resistência à ditadura no Paraná. Como registrou a Gazeta do Povo, “por interferência de dom Pedro Fedalto junto aos militares”, Teresa foi transferida da prisão para o convento das irmãs Vicentinas, na avenida Manoel Ribas. Saiu dali para um quase ostracismo. Não conseguia emprego. Até ser contratada no jornal semanal A Voz do Paraná, da Arquidiocese de Curitiba, no final dos anos 1970. Deu início ali a uma carreira que teria participações em sucursais dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, na revista Veja e na Folha de Londrina, onde foi diretora de Redação. Nos últimos 15 anos de sua vida, Teresa produziu uma extensa obra que refletiu as causas abraçadas por ela. Em 1968 – Ditadura Abaixo, com ilustrações do quadrinhista Guilherme Caldas (Arte & Letra, 2008), ela conta às gerações mais novas não só a própria experiência no movimento estudantil mas também um pouco da história do Brasil. Teve a ajuda de um neto, à época com 16 anos, e de outros jovens que lhe indicaram como contar uma história para a geração atual, tocando seus corações e mentes. Até mesmo a pesquisa nos arquivos públicos do Dops para a obra foi feita por jovens – estes fizeram parte de sua militância para sempre. Os Ecoberrantes – como ficaram sendo chamados os participantes da luta ambiental no Paraná –, reuniam-se na casa de Teresa, na capital paranaense. Em Missão (quase) Impossível (Editora Fundação Petrópolis), um dos vários títulos sobre ambientalismo, Teresa conta a trajetória dos movimentos ecológicos no Brasil, outra causa à qual se dedicou. Pensadora da contemporaneidade, Teresa autografou sua única obra de ficção – Dez Fitas e um Tornado (Arte & Letra, 2012) – em maio de 2013, cerca de um mês antes de falecer. Por meio de Suçuarana, personagem-ícone da formação do nosso País – cabra sem nome, idade incerta, paternidade imprecisa, inteligência aquilina e um enorme instinto de sobrevivência –, relata 500 anos de civilização e os últimos 50 anos de exploração formadora do Brasil. “Será um equívoco imaginar que Teresa só abraçava as grandes causas, aquelas que pudessem rapidamente mudar o mundo. As feridas do mundo lhe diziam respeito, grandes ou pequenas. Quem quer que fosse torturado, injustiçado, amargurado, quem quer que estivesse, animal, planta ou gente, ameaçado, intimidado, amedrontado ou desamparado, haveria de ter conforto em suas palavras, atitudes de calma generosidade”, diz o jurista, ex-procurador Geral do Estado do Paraná e ex-presidente da Funai Carlos Marés, companheiro de Teresa nos enfrentamentos à ditadura em 1967 e 1978, no texto Amanhã será outro dia, em homenagem à jornalista, no livro que ela não conseguiu autografar – Puxando o fio: história de armarinhos. (*) Liliana Lavoratti (liliana@dci.com.br) é editora-chefe do DCI, em São Paulo
Memórias da Redação ? Um tipógrafo na colônia
O texto que escolhemos para esta semana, por seu conteúdo histórico, é a introdução de Um tipógrafo na colônia, de Leão Serva, hoje na Santa Clara Ideias, O livro aborda a vida e a obra de seu antepassado Manoel Antonio da Silva Serva, precursor da imprensa no Brasil e das fitas do Senhor do Bonfim. Um tipógrafo na colônia Em 1911, nas comemorações do centenário da fundação da imprensa na Bahia, Octavio Mangabeira proferiu um discurso em homenagem a Manoel Antonio da Silva Serva, criador da primeira tipografia no Estado e responsável pelo Idade d’Ouro do Brazil, o primeiro jornal feito por iniciativa particular editado no País, além da primeira revista brasileira, As Variedade ou Ensaios de Literatura. Em sua palestra, o engenheiro, jornalista e posteriormente governador do Estado e senador declarou: Declinando, como há pouco declinei, o nome do comerciante lusitano que fundou entre nós a Idade d”Ouro, deixai também que reclame uma parte dos lauréis da comemoração que fazemos para uma família quase extinta, que dorme no anonimato, e a quem não sei se me tema de classificar de benemérita, por isso que, durante algumas décadas, seu nome se acha diretamente ligado à manutenção e ao progresso do jornalismo baiano.1 Sem que o intelectual baiano soubesse, a “família quase extinta” seguia sua história, ativa, crescendo e se multiplicando, embora longe dali. A “quase extinção” dos Serva, a que se referia Mangabeira um século atrás foi causada pela diáspora provocada em todo o Brasil pela Guerra do Paraguai. Naquele episódio histórico, que contribuiu para a solidificação da ideia e para a formação objetiva do País como poucos fatos ocorridos antes e depois, centenas de milhares de brasileiros foram forçados a migrar, por questões econômicas ou militares que começaram temporárias e para muitos se tornaram permanentes. Assim ocorreu com os Serva na Bahia, cujos filhos foram enviados para o front, do qual muitos deles não mais voltariam aos “mares e campos baianos”. Ao final do conflito no Sul do País, um neto de Manoel Antonio da Silva Serva, chamado Jayme Soares Serva, que servira no Exército como oficial médico, radicou-se no interior de São Paulo, casou-se, mudando-se em seguida para a capital paulista, onde militou na causa republicana e antiescravagista e teve nove filhos, dos quais vários tiveram relação coma imprensa e com as artes. Antes mesmo do discurso de Mangabeira, o jornalista Mário Pinto Serva atuava na imprensa e na política paulista, tendo se tornado ao longo dos primeiros anos do Século XX uma voz destacada do jornalismo e um dos principais porta-vozes da Liga Nacionalista, graças ao espaço que Júlio de Mesquita oferecia em O Estado de S. Paulo à sua campanha pela modernização da vida brasileira, a qual incluía, entre outras ideias, a alfabetização obrigatória e o voto secreto. Ambas as iniciativas iriam ser consagradas em leis de autoria de Mário Pinto Serva nos anos 1930. Mário fez parte também do grupo de jornalistas do Estadinho, um segundo jornal publicado com sucesso por O Estado de S. Paulo durante a Primeira Guerra Mundial, que perdeu influência depois do conflito. Após o fechamento da publicação, o grupo se juntou para fundar a Folha da Noite (um dos jornais que deram origem à Folha de S.Paulo), ironicamente tendo como figura mais proeminente Júlio de Mesquita Filho, herdeiro do jornal concorrente. Mais tarde, já no fim dos anos 1920, Mário Pinto Serva participaria do Diário Nacional (1927-32), onde revezou com Mário de Andrade em uma coluna de crônicas, até o empastelamento do jornal após a derrota militar do Movimento Constitucionalista de 1932. Crítico ácido das vanguardas artísticas europeias, paradoxalmente também foi um dos colaboradores da Revista de Antropofagia, em 1928. Pouco depois do centenário do primeiro jornal baiano, em 1911, outro descendente de Silva Serva participava do desenvolvimento da imprensa brasileira, também longe da Bahia. Em 1914, Gelásio Pimenta e sua mulher, Victoria Serva, lançaram em São Paulo A Cigarra, revista de variedades que marcaria época com um noticiário que misturava celebridades à alta cultura, alquimia que hoje parece impossível. Gelásio morreu em 1924, e a revista, em situação quase falimentar, foi saneada por seu cunhado, o comerciante Leão Serva, e em seguida incorporada ao patrimônio de Assis Chateaubriand, dono da revista O Cruzeiro e grande magnata da mídia tupiniquim. Não se extinguiu a família Serva nem se desfizeram seus laços com o jornalismo, portanto. Mas ela deixou a Bahia, onde não esteve representada nas comemorações do centenário da principal obra de seu ancestral. Naquele longínquo 1911, em que a família já se encontrava separada em pelo menos dois ramos, o baiano e o paulista, tampouco os Serva mandaram notícias de sua atividade no que futuramente seria chamado “o Sul maravilha”. Mais de cem anos se passaram, e fui honrado com o convite para participar, na condição de “tataraneto do grande empreendedor”, do evento de comemoração do bicentenário da revista As Variedades ou Estudos de Literatura, criada por Manoel Antonio da Silva Serva, em 1812, um ano após a fundação do Idade d’Ouro do Brazil. Na ocasião, o primeiro número da revista ganhou uma edição fac-similar, patrocinada pelo governo baiano e concebida pelo historiador Luís Guilherme Pontes Tavares, dedicado estudioso da história da imprensa no Estado. Ali, as saudações elogiosas ao precursor da imprensa baiana e brasileira incluíram carinhosas referências a seus descendentes, sempre destacando a surpresa da existência atual de um Serva, especialmente sendo ele jornalista, como seu antepassado. Foi quando nasceu a ideia deste livro, com a finalidade de contar aos leitores de todo o País a história e as histórias de um empreendedor que, apesar de sua vida relativamente curta, deixou na cultura brasileira marcas importantes e realizações pioneiras; o primeiro jornal particular editado no País e a impressão de dezenas de outros títulos, entre periódicos e livros; a primeira revista da nossa história; o plano da primeira biblioteca pública da Bahia; o projeto da primeira fábrica de papel; a realização da primeira escola de impressão; o lançamento de um livro de autoajuda, a produção das primeiras edições piratas de livros e uma versão precursora das populares fitinhas do Senhor do Bonfim da Bahia – estas, sim, amplamente conhecidas até hoje. Como diz o Hino do Senhor do Bonfim, glória a ti, neste dia de glória… 1 Tavares, Luís Guilherme Pontes (org.). Apontamentos para a história da imprensa na Bahia, p. 30. Leia mais + Memórias da Redação – Altevir e Alexandre + Memórias da Redação – Um retrospecto do futebol-arte + Memórias da Redação – Plantão de almoço
O adeus a Flávio de Carvalho Serpa
Morreu em Belo Horizonte na madrugada de 23/6, aos 66 anos, Flávio de Carvalho Serpa, considerado um dos principais jornalistas especializados em Ciência e Tecnologia no País. Ele estava internado desde o início de janeiro no hospital Mater Dei, em consequência de doença pulmonar obstrutiva crônica. Nascido na capital mineira, Flávio formou-se em Física mas nunca exerceu a profissão. Começou editando o jornal Gol a Gol, do Diretório Central dos Estudantes da UFMG. Foi editor de Internacional do Opinião de 1972 a 1976, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, para onde se mudou em meados da década de 1970, trabalhou no semanário Movimento, que ajudou a criar, e nas revistas Veja, IstoÉ e Info Exame. Também editou o caderno de Informática do Estadão e colaborou com diversas publicações, como Folha de S.Paulo, Scientific American, Superinteressante, Galileu e Retrato do Brasil. Entre os colegas, era classificado como “o homem mais inteligente do mundo”, tal era a sua capacidade de discorrer com simplicidade sobre temas altamente complexos. Deixa irmãos e sobrinhos. Sobre ele, a amiga Martha San Juan França, jornalista e doutora em História da Ciência, atualmente na A4 Comunicação, enviou a J&Cia o seguinte depoimento: “Foi um tempo bom demais. Na década de 1990, o Estadão fervilhava de feras do jornalismo, dispostas a deixar a Folha no chinelo na imprensa diária. Por causa disso, o jornal estava disposto a apostar em matérias que não costumavam frequentar as suas páginas – astronomia, genética, biotecnologia, física. E escolheu para editar esse material aquele que todos nós já sabíamos ser a melhor cabeça do jornalismo de ciência – Flávio de Carvalho. Com seu conhecimento, sua habilidade em trazer assuntos difíceis para o dia a dia, nós iríamos enfrentar o desafio de explicar os armamentos usados na então guerra do Iraque, decifrar o Projeto Genoma, as viagens a Marte, fractais … literalmente, o céu era o limite. Eu era uma jovem repórter vinda da Superinteressante e aquilo tudo para mim, e para gente talentosa como o Àlvaro Caropreso, nosso sub, era o céu. Trabalhar com o Flávio era tentar explicar qualquer assunto de uma forma que todo mundo entendia. Mais ainda: ele não era ingênuo. Tinha uma visão política e não se deslumbrava pelas aparências. Era muito crítico em economia, planejamento urbano, tecnologia, economia, como todo jornalista deve ser. E um ser íntegro, ético, além de amigo querido, que dividia sua glória. Por causa dele, consegui algumas coisas impensáveis na época – primeira página com furos de ciência e o prêmio J. Reis de Jornalismo Científico. Continuamos amigos depois que aquela experiência fantástica acabou e o jornalismo também (quase). E gosto de pensar que o seu espírito gaiato me acompanhou e a todos os que depois se dedicaram ao jornalismo científico com a mesma paixão pelas redações afora. Como escrevi no facebook para muitos colegas, temos a sorte de ter pelo menos um pouquinho do Flávio em nossos textos e em nossos corações.” Leia mais + Maurício Lima deixa a Abril a caminho da Infoglobo + Valor Econômico terá quatro edições da Revista WSJ + Nova etapa de reestruturação da Abril se concentra nas áreas administrativas
Maurício Lima deixa a Abril a caminho da Infoglobo
Maurício Lima, publisher de Veja Rio, Veja Brasília e Veja BH, comunicou à Editora Abril nesta 2ª.feira (23/6) sua saída da empresa. Ele substitui, a partir de 1º/7, Luiz André Alzer como diretor executivo da Unidade Populares da Infoglobo – leiam-se os negócios dos jornais Extra e Expresso, nas diversas plataformas. Alzer, que deveria sair no final do mês, deve permanecer mais alguns dias para a transição do cargo. O substituto de Lima ainda não foi anunciado. Cria da Abril, ele ali começou em 1997, no Curso Abril de Jornalismo. Foi repórter e editor de Veja, e editor executivo da Exame. Depois de trabalhar nove anos em São Paulo, veio para o Rio como responsável por Veja Rio. Mais tarde, assumiu também a direção da área Comercial, no cargo de publisher da revista. Um dos mais premiados jornalistas brasileiros, ele é o 44º no ranking J&Cia, ao lado de Jânio de Freitas. Em janeiro deste ano, com a saída de Carlos Maranhão e a extinção do cargo de diretor Editorial de Veja Cidades, as funções dele foram distribuídas entre Alecsandra Zaparolli – que, em São Paulo, passou a responder pela Veja nas plataformas digitais e por nove edições regionais – e Lima, este respondendo pelas Vejinhas Rio, Brasília e BH. Leia mais + Valor Econômico terá quatro edições da Revista WSJ + Nova etapa de reestruturação da Abril se concentra nas áreas administrativas + Massey Ferguson abre inscrições para seu Prêmio de Jornalismo