O repórter da TV Globo Márcio Gomes e um cinegrafista da emissora foram deportados da Indonésia nesta 2a.feira (19/1). Os dois chegaram ao país em 17/1 para cobrir a execução do brasileiro Marco Ascher e foram detidos no porto de Cilacap, supostamente por estarem apenas com visto de turista. Márcio e o cinegrafista foram liberados, mas seus passaportes ficaram retidos com autoridades indonésias. Ambos foram acompanhados pela polícia até Jacarta, de onde tomariam um voo para o Japão.

Faleceu no último sábado (17/1), em Brasília, aos 49 anos, Oswaldo Buarim Jr., em decorrência de um infarto. Deixa mulher, a também jornalista Marina Oliveira, e dois filhos: David, 9 anos, e Ciro, 23, além da enteada Mila, 16, a quem considerava como filha. Buarim passou por Jornal de Brasília, Jornal do Brasil, Época, Folha de S.Paulo e Correio Braziliense. Atuou nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014 como consultor do comitê da presidente Dilma Rousseff. Ultimamente era gerente de comunicação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. 

A Fenaj enviou em 15/1 carta à presidente Dilma Roussef apresentando seu diagnóstico sobre o sistema de comunicação brasileiro e reivindicando que o novo governo implemente um novo marco regulatório para as comunicações no País e convoque a II Conferência Nacional de Comunicação – Confecom. A entidade repudia qualquer forma de censura, mas defende que o controle público dos meios de comunicação significa elaborar mecanismos transversais e interconexos para a aplicação de regras públicas, democraticamente constituídas, a serem observadas por todos. A Fenaj – para a qual a comunicação tem uma dimensão estratégica, tanto do ponto de vista das políticas públicas a serem geradas, como da necessária articulação dos movimentos sociais – defende ainda a urgente reorganização do sistema de comunicação, para cumprir os preceitos constitucionais e superar o atual cenário de oligopólios. O diagnóstico aponta, ainda, a legislação arcaica sobre comunicação e radiodifusão como um dos pontos que reforçam a incompatibilidade do atual sistema de comunicação brasileiro com a democracia. 

Em sua 13ª edição, o Agenda Brasil, curso de extensão da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo, para jornalistas de economia e negócios, está com inscrições abertas até 16 de fevereiro. Gratuito, com início em 3/3, tem duração de 20 semanas e carga de 60 horas, sendo realizado semanalmente, às 3as.feiras, das 9h15 às 12h30. Interessados devem preencher a ficha de inscrição e entregá-la na FAAP, juntamente com a documentação necessária, que compreende carta de recomendação escrita pelo superior direto do veículo de imprensa no qual trabalha, currículo e foto 3×4. A ficha pode ser solicitada pelos [email protected] e [email protected]. Mais informações nos 11-3662-7270 / 7271.

Marília Gabriela anunciou em entrevista coletiva nesta 3ª.feira (20/1), na sede do SBT em São Paulo, que está deixando a casa, onde há cinco anos comanda o De frente com Gabi.  Foi a terceira passagem de Gabi pela emissora de Silvio Santos (a primeira foi de 1995 a 2000 e a segunda, de 2002 a 2004). Com a decisão – acertada na 2ª.feira (19/1) – a jornalista fica fora da tevê aberta, mantendo apenas o seu programa Marília Gabriela Entrevista, no GNT. Nos planos da apresentadora, teatro, livros, viagens e estudo, além de um novo projeto para tevê por assinatura. De frente com Gabi seguirá no ar até 22/2, com entrevistas inéditas. A partir de 1º/3, o Conexão Repórter, de Roberto Cabrini, passará a ocupar a faixa da meia-noite aos domingos. Às 4as, o antigo horário deste jornalístico será ocupado pelo Programa do Ratinho e, logo em seguida, The Noite, de Danilo Gentili.

O repórter do Diário do Pará Ismael Machado lançou em dezembro passado o livro-reportagem Golpe, contragolpes e guerrilhas: o Pará e a ditadura militar, obra que recebeu o Prêmio IAP de Literatura. Com prefácio de Natália Viana, uma das coordenadoras da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, o livro é resultado de diversas reportagens e mostra, entre outras coisas, como a implantação do regime que sufocou a democracia alterou a rota da história nessa parte da Amazônia; as prisões, as torturas, a implantação da guerrilha, os conflitos agrários e até mesmo a reação comportamental da contracultura paraense; e como a saga dos índios Suruí, no sudeste paraense, tem relação com as posturas rebeldes e censuradas do teatro em Belém nos anos 1970. Este é o quarto livro de Ismael, autor também de Decibéis sob Mangueiras: Belém e o cenário rock Brasil dos anos 80; e Sujando os sapatos: o caminho diário da reportagem. Eleteve passagens por O Globo e Jornal do Brasil. Conquistou cerca de dez prêmios jornalísticos, entre eles Vladimir Herzog, Líbero Badaró e Direitos Humanos em Jornalismo. 

O portal 1 Papo Reto convida para cerimônia de entrega do Prêmio Empreendedor Sustentável, em 27/1, das 10h30 às 12h, na rua Henri Dunant, 1.383, na capital paulista. Serão reconhecidos 50 brasileiros que se dedicam a projetos comprometidos com os valores socioambientais. Antes da cerimônia, será apresentado um talk show com Alexandre Teixeira, autor de Felicidade S.A, e Talita André, criadora do Movimento Choice, rede de universitários engajados em negócios de impacto social do Brasil. 

A Justiça gaúcha deu ganho de causa, em primeira instância, ao Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (Sindjors) em ação contra a União que questiona a incidência de IRPF e INSS sobre o terço constitucional de férias gozadas. Pela decisão – publicada em 12/1 –, fica definido que as fontes pagadoras suspendam a retenção de tais valores, não ocorrendo mais a incidência do IRPF e do INSS sobre aquele terço. “O Sindicato entende que o valor recebido pelo terço de férias refere-se a um acréscimo no período de descanso do trabalhador e este não deve ser onerado com o pagamento de impostos e contribuições, por se tratar de verba de natureza indenizatória”, diz nota do Sindijors sobre a decisão, que deve beneficiar todos os jornalistas – sindicalizados ou não – do Rio Grande do Sul, bem como servir de jurisprudência para os demais Estados. A União pode recorrer.

A disputa jurídica entre o jornal Folha de S. Paulo e os irmãos Mário e Lino Bocchini, autores do blog satírico Falha de S. Paulo, chegou ao Superior Tribunal de Justiça. Julgado em primeira e segunda instâncias pela justiça paulista, o caso agora está nas mãos do ministro Marco Buzzi. Em setembro de 2010, às vésperas das eleições presidenciais, os irmãos lançaram o blog (falhadespaulo.com.br), que satirizava o jornal com fotomontagens e comentários, com o objetivo de denunciar a parcialidade da empresa, que claramente – segundo os autores – tem preferências político-partidárias, mas esconde isso do leitor. Dezessete dias após o blog entrar na rede, os advogados da família Frias conseguiram uma liminar que o censurava e abriram processo contra Mário e Lino. Em 30 de setembro de 2010 o blog foi tirado da internet e, desde então, os irmãos tentam reverter a decisão. A alegação da empresa se baseia na defesa da marca Folha, detalhando que o leitor poderia se confundir e ler a Falha como se fosse o próprio jornal. Já os autores do blog dizem acreditar na inteligência do leitor da Folha, afirmando que a empresa se incomodou com o conteúdo crítico da página, e por isso se empenhou em censurá-la. “Hoje nem faríamos um blog como aquele, a Folha perdeu muito de sua relevância, há anos não é sequer o jornal mais lido da cidade de São Paulo”, explica Lino Bocchini na página Desculpe a nossa Falha, em que esmiúça o caso e mantém um contador dos dias em que a Falha de S.Paulo está sob censura. “A nossa maior preocupação é com a jurisprudência. Trata-se de um processo inédito no Brasil: é a primeira vez que uma grande empresa de comunicação, com seu poder econômico, consegue censurar um outro veículo que a critica. Sendo assim, o que for decidido em Brasília balizará casos futuros”.