Manoel Vilela de Magalhães morreu, aos 94 anos, em 22 de maio. Pioneiro, que cobriu a inauguração de Brasília, ele estava internado há quase um mês no Hospital Sírio-Libanês e não resistiu a complicações decorrentes de uma pneumonia. O corpo foi sepultado no Cemitério Campo da Esperança.

Vilela chegou a Brasília em abril de 1960, integrando a equipe do Estadão para a cobertura histórica da cerimônia de inauguração da Capital Federal. Desde então, construiu sua vida e carreira na cidade. Atuou por anos como secretário da sucursal do jornal. Em diversos períodos, também foi responsável pela cobertura do Palácio do Planalto e de ministérios, acompanhando de perto os primeiros passos da administração federal na nova capital. Logo após a inauguração da UnB, tornou-se professor de jornalismo. Também passou pelo Senado, chefiando a Secretaria de Imprensa por vários anos e, posteriormente, foi diretor-geral da Casa, função na qual se aposentou.

Mesmo após a aposentadoria aceitou convite do ministro Romildo Bueno de Souza para chefiar a Assessoria de Imprensa do STJ e, em seguida, a Diretoria-Geral, durante a gestão do magistrado como presidente. Após o término do mandato do ministro, ainda integrou as assessorias dos senadores Francelino Pereira e Arthur Virgílio, encerrando sua longa e produtiva atividade jornalística. Nos anos finais, dedicou-se a uma paixão que o acompanhou por toda a vida: o ensino. Chegou a criar uma escola de ensino infantil bilingue em Balneário Camboriú, posteriormente vendida, e foi autor de livros sobre jornalismo.

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