Luiz Antônio Novaes, o Mineiro, morreu na tarde dessa terça-feira (9/8), aos 56 anos, após falência de múltiplos órgãos, resultante de uma pancreatite aguda que o levou a ser internado há duas semanas. O velório foi realizado nesta quarta, no Memorial do Carmo, no Caju, Rio de Janeiro, seguido de cremação. Nascido em Alfenas, Minas Gerais, formou-se na ECA-USP. Iniciou a carreira como repórter de Veja, em 1986. Esteve ainda na Folha de S.Paulo e na IstoÉ até chegar a O Globo em 1995, na sucursal de Brasília. Nos cinco anos que passou na Capital Federal, foi coordenador de Nacional e secretário de Redação. Escreveu dois livros sobre ex-presidentes: Todos os sócios do presidente, com Gustavo Krieger e Tales Faria, sobre Fernando Collor; e Como Fernando Henrique foi eleito presidente, com Luciano Suassuna. Transferiu-se para o Rio em 2000, como editor de Política e depois editor de Primeira Página, até 2013. Em 2003, venceu, com Rodolfo Fernandes e Claudio Prudente, o Esso de Primeira Página. Após a temporada no Rio, chefiou, por dois anos, a sucursal do jornal em São Paulo. Ultimamente, assinava com sua mulher, a também jornalista Mara Bergamaschi, o Blog do Mineiro, no site do jornal, e a coluna Conexão São Paulo, no impresso. Há cerca de um ano escrevia um livro sobre a história do PT, para a Companhia das Letras. Diz dele Ascânio Seleme, diretor de Redação de O Globo: “Embora mineiro, claro, ele tinha o espírito jovial do carioca. Durante mais de dez anos foi editor da primeira página do jornal. E durante esse tempo, emprestou a ela o seu caráter, mistura requintada de inteligência, elegância e humor. O Mineiro vai fazer muita falta ao jornalismo, ao Globo e aos seus companheiros”.
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