Por Luciana Gurgel
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) anunciou na semana passada que o estado global da liberdade de imprensa deteriorou-se para uma “situação difícil” − abaixo de 55 pontos − pela primeira vez na história de seu ranking.

Mais de seis em cada 10 nações analisadas no Global Press Freedom Index 2025 viram sua pontuação geral declinar.
Mas o Brasil não está entre elas: o País passou de 82º para 63º em um ano. Em comparação com 2022, refletindo o fim da era Bolsonaro, ganhou 47 posições no ranking.
A queda da liberdade de imprensa no mundo é impulsionada principalmente por pressões econômicas sem precedentes sobre a indústria da mídia, afetando a independência e a pluralidade dos meios de comunicação, de acordo com a RSF.
O grau da liberdade de imprensa dos países é dividido em faixas: bom, satisfatório, problemático, difícil e muito sério, marcadas por cores.
A pontuação de cada país é avaliada com base em cinco indicadores contextuais que refletem a situação da liberdade de imprensa em toda a sua complexidade: contexto político, enquadramento jurídico, contexto econômico, contexto sociocultural e segurança.
O indicador econômico atingiu seu ponto mais baixo este ano (44,1). fazendo declinar a pontuação geral mundial.
Nesse cenário preocupante, o Brasil é apontado como um dos poucos na região das Américas que conseguiu melhorar seu indicador econômico, em contraste com a vasta maioria (22 dos 28 países) que viu seus indicadores econômicos declinarem.
Os veículos de comunicação no Brasil são considerados menos vulneráveis a pressões e intimidações.
Ainda assim o País segue na zona laranja, onde a situação é “problemática”. Seis países da América Latina / Caribe estão em posição melhor do que a do Brasil: Trinidad e Tobago, Jamaica, Suriname, Costa Rica, Belize, República Dominicana e Uruguai.
A Noruega (1º) continua em 2025 sendo o único país no mundo a desfrutar de uma classificação “boa” em todos os cinco indicadores do ranking de liberdade de imprensa e manteve sua posição no topo pelo nono ano consecutivo. Na outra ponta, a Eritreia (180º) segue como a última da lista.
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