A série de reportagens Marajó profundo, produzida pelo correspondente da Folha de S.Paulo na Amazônia Vinicius Sassine e pelo repórter fotográfico Lalo de Almeida, foi a vencedora da categoria Jornalismo Escrito do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2025. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (8/10), na Cidade do México, quando também foram conhecidos os vencedores das categorias Audiovisual e Cobertura, conquistadas por publicações do Peru e México, respectivamente.
“Esta série de reportagens aborda com profundidade o abandono estatal existente na região do Marajó. Os diferentes textos denotam o exercício de reportagem e trabalho de campo por trás da investigação, ao adentrar comunidades e mostrar os depoimentos das pessoas afetadas, fazendo contraste com as fontes oficiais e autoridades”, destacou o júri na avaliação do trabalho.

Este é o segundo prêmio que a dupla conquista em conjunto neste ano. Com a série Mudanças climáticas na Amazônia, eles já haviam faturado em setembro a categoria Divulgação Científica do 8º Prêmio IMPA de Jornalismo. Lalo de Almeida, vale lembrar, terminou 2024 como o +Premiado Jornalista do Ano no Brasil, de acordo com o Ranking +Premiados da Imprensa Brasileira.
Em sua 13ª edição, o Prêmio Roche contou com a participação de 669 trabalhos, de 21 países da América Latina, que abordaram temas relacionados à saúde e à ciência. Com 156 inscrições, o Brasil foi o principal participante desta edição do concurso promovido em parceria com a Fundação Gabo.
Na categoria Audiovisual o primeiro lugar ficou com a reportagem Corrupción enlatada, publicada pelo Latina Notícias. Produzido por Hernán P. Floríndez, Jefferson Luyo Salvador, Renzo Bambarén, Ana Briceño e Christopher Acosta, o trabalho envolveu uma investigação complexa e rigorosa que, a partir de um vazamento de informações, que conseguiu evidenciar uma trama de corrupção na distribuição de alimentos escolares em áreas vulneráveis do Peru.
E em Cobertura, o prêmio principal foi para o N+ Focus, do México, com a reportagem Los olvidados de Hidalgo, que retratou o abandono e discutiu o conceito de saúde pública em uma comunidade mexicana. O trabalho foi produzido por Carlos Carabaña, Paul Ramírez, Omar Torres Bobadilla, Enrique de la Mora, Raymundo Mondragón, Cecilia Guadarrama, Alberto Filio, Íñigo Arredondo Vera e Omar Sánchez de Tagle.








