Sérgio Zambiasi

    Sérgio Pedro Zambiasi nasceu na cidade de Encantado (RS), no dia 9 de setembro de 1949. Formou-se em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Econômicas do Alto Taquari (RS). Sétimo de oito irmãos, seu pai era agricultor, mas não tinha terras, então sempre procurava trabalhos em parceria com fazendeiros. Por conta disso acostumou-se a mudar com a família para onde o trabalho estivesse disponível.
    Começou a carreira ainda na adolescência. Fez sua primeira locução de rádio aos 15 anos. A estreia foi na rádio Cristal, de Soledade (RS), após fazer um teste e ser aprovado. A valorização profissional veio através de sucessivas passagens por outras rádios. Na rádio Alto Taquari, de Estrela (RS), trabalhou de janeiro de 1971 até 1973. Nesse ano, teve a oportunidade de fazer um teste na rádio Difusora, de Porto Alegre (RS), onde depois exerceu a função de locutor e repórter, passando desde a reportagem policial até a política. Na emissora foi ainda gerente de Jornalismo. Foi, depois, trabalhar na rádio Itaí, onde permaneceu quase um ano. A emissora era voltada para o grande público, que em sua maioria pertencia às classes D e E. Retornou à Difusora onde ficou até seguir para um novo desafio.
    Em 1983 entrou para a rádio Farroupilha, de Porto Alegre, e passou a apresentar o Comando Maior, programa matutino onde a principal atração é a participação dos ouvintes com casos e denúncias. Maior audiência do rádio porto-alegrense, o programa está no ar há 25 anos, sendo 21 deles comandado por Zambiasi. Da marca histórica da participação completada em 2012, ele só ficou afastado durante a fase em que foi senador.
    Além do Jornalismo, dedicou-se também à carreira política, na qual militou por mais de 25 anos. Em 1986, elegeu-se deputado estadual como o mais votado do pleito, no qual recebeu mais de 360 mil votos. Para o mesmo cargo, se reelegeu em três ocasiões, 1990, 1994 e 1998. Durante os mandatos, aprovou diversos projetos, entre eles a ampliação do trajeto do Trensurb até Novo Hamburgo (RS) e a duplicação da ponte Guaíba.
    Em 2002 resolveu concorrer a senador pelo PTB/RS e foi eleito. Assumiu o cargo na 52ª Legislatura de 1º de fevereiro de 2003 até 31 de janeiro de 2007 e a 53ª, que concluiu em janeiro de 2011. Apesar da função, preferiu não fixar residência em Brasília (DF). Ia segunda-feira pela manhã e voltava para Porto Alegre, na sexta-feira.
    Após esse período longe dos microfones, voltou ao ar e retomou a parceria de sucesso com Gugu Streit, na rádio Farroupilha ? assume o Comando Maior, das 6 às 11 horas e, das 11 às 15 horas, Streit apresenta o Programa do Gugu, ambos de segunda a sábado. Voltou também a assinar uma coluna no Diário Gaúcho e mantém o Blog do Zambiasi, alocado no portal Clic RBS, no qual aborda assuntos variados dos problemas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul.
    Como jornalista e político, recebeu diversos prêmios, troféus, medalhas e homenagens. Dentre as principais estão o Troféu Carrinho de Ouro 1990 como Homem Público do Ano, concedido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas); Troféu Opinião 30 Anos, em 2001, do jornal com o mesmo nome, em reconhecimento da importância das personalidades da região; o Mérito da Radiodifusão Gaúcha 2001, pela Associação Gaúcha de Emissoras de Radio e Televisão (Agert); o Troféu Comunicação, na categoria Destaque Legislativo 2001, entregue pelo jornal O Lourenciano.
    Recebeu também a Medalha Mário Quintana – Casa do Poeta Rio-Grandense 2001, por trabalhos prestados em prol da cultura, e a Medalha da Ordem do Mérito Aeronáutico 2002, no grau de Comendador, concedida pela Força Aérea Brasileira (FAB), considerada a mais alta condecoração da entidade, destinada a premiar militares da Aeronáutica, do Exercito e personalidades civis que tenham prestado notáveis serviços ao País ou que sejam distinguidos no exercício da profissão. Foi agraciado, ainda, nos anos de 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000, com o Prêmio Le Son Microfone de Ouro do Brasil, na categoria Destaque da Comunicação, e foi Top of Mind 2002, da revista Amanhã.
    Quando senador, em 17 de junho de 2010, foi o autor da proposição solicitando a inscrição do nome do padre Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria. O longo período da tramitação do projeto de lei no Senado Federal e na Câmara dos Deputados terminou com a assinatura de aprovação da presidenta Dilma Rousseff, em 27 de abril de 2012, que tornou o projeto de Zambiasi na Lei nº 12.614.
    Por ocasião da assinatura pela presidenta, Zambiasi lembrou que o seu ato foi realizado atendendo a solicitação das manifestações repassadas pelo jornalista Marcelo Antunes e assessorado pelo chefe de Gabinete, Dirceu Braz Goulart Neto, chefe de Gabinete da senadora Ana Amélia, em 2012. Sobre a conquista disse: ?A sanção da presidenta resgata a história de um cidadão que viveu à frente do seu próprio tempo e que infelizmente, por circunstância da época, ficou no anonimato. Que a partir desse gesto se afirme a capacidade que o brasileiro tem de produzir os seus próprios ícones. E, certifique que somos um povo criativo e inteligente, e que outras pessoas possam ser reconhecidas, garantindo o seu espaço no cenário nacional. O gesto é de valor imensurável para o brasileiro anônimo?. O nome do padre Landell foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em solenidade realizada em Brasília, em 4 de setembro de 2012, junto com outros 19 homenageados.
    Publicou Sementes de Esperança ? 100 crônicas escolhidas (Diário Gaúcho, 2002). Sobre ele, Maria Inês Mello escreveu O Fenômeno Sérgio Zambiasi ? O comunicador das massas (Martins Livreiro, 1987).
    Atualizado em novembro/2012 – Portal dos Jornalistas
    Fonte:

    http://www.coletiva.net/site/perfil_detalhe.php?idPerfil=451

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