Rangel Cavalcante

    Rangel Cavalcante nasceu em Crateús (CE) em janeiro de 1939. Formado em Direito, tem curso especialização em Jornalismo pelo Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina (Ciespal), no Equador, e de Direitos Humanos no Instituto Interamericano de Derechos Humanos (Iidh), na Costa Rica.
     
    Em Fortaleza, aos 14 anos, ainda estudante de ginásio no Liceu do Ceará, começou a trabalhar como auxiliar de revisor no jornal Correio do Ceará (CE) e logo foi integrado na equipe chefiada por Juarez Timótheo. Mas seu sonho era ser repórter. Aos 15 anos, despertou a atenção do jornalista Pires Sabóia, superintendente dos Diários Associados do Maranhão, que o convidou para ir trabalhar em O Imparcial, na cidade de São Luís (MA), onde, depois de rápida passagem pelo setor administrativo, passou à redação e logo, com apenas 16 anos, era o secretário do jornal, que tinha nos seus quadros figuras como o político José Sarney, Nonato Masson e Vera Cruz Santana. Passou a conviver com os grandes nomes do Jornalismo da época como Bandeira Tribuzzi (1927-1977), Lago Burnett (1929-1995), Victor Gonçalves Neto e outros que viriam a brilhar na imprensa nacional.
     
    Em 1955, aos 16 anos, obteve entrevista exclusiva de Juan Perón (1895-1974), na fuga que fez do exílio no Paraguai para a Nicarágua. O encontro foi um golpe do destino. Bafejado pela sorte, o pequeno avião DC-3 que conduzia o ex-ditador foi obrigado a descer em São Luís para abastecimento. Lá estava Rangel que aproveitou e fez a entrevista.
     
    Voltou à Fortaleza em 1958, desta vez para chefiar a reportagem de O Jornal, um diário novo que revolucionou a imprensa cearense por um ano. Tempo que durou em circulação. Pela mão de Calazans Fernandes (1929-2010), ingressou no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), como repórter “A” [repórter especial]. No ano seguinte, novamente em Fortaleza, atuou como chefe de Reportagem da Gazeta de Noticias (CE). Na temporada, passou pela Tribuna do Ceará (CE), pela editoria-chefe do O Nordeste (CE) e pela rádio Dragão do Mar (CE).
     
    Aceitou, em 1964, ser correspondente no Ceará do Jornal do Brasil, cargo que ocupou até 1973, quando foi transferido para Brasília (DF). Lá, assumiu a chefia de Reportagem da sucursal do jornal, dirigida por Carlos Castelo Branco (1920-1993). Permaneceu no JB por quase três décadas, fazendo a cobertura política no Congresso e Ministérios.
     
    Privilegiando sempre a Reportagem, participou de grandes coberturas por todo o País e no Exterior, entrevistando figuras do cenário nacional e internacional como Juscelino Kubitschek (1902-1976), Che Guevara (1928-1967), Fidel Castro, Arturo Frondizi (1908-1995), Robert Kennedy (1925-1968), Saddam Hussein (1937-2006) e tantos outros.
     
    No serviço público, foi advogado do Estado, assessor de Imprensa da Prefeitura de Fortaleza, na gestão de Vicente Fialho, secretário de Comunicação do governo Virgílio Távora (1919-1988) e assessor de Comunicação dos Ministérios da Irrigação e das Minas e Energia, nas administrações Vicente Fialho. Participou da equipe que ministrou o primeiro curso de Jornalismo no Ceará, criado por Adísia Sá, e foi professor da Escola de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC/CE) e do Centro Universitário de Brasília (Ceub/DF).
     
    É correspondente, no Brasil, do jornal Florida Review, de Miami (EUA), colunista do Diário do Nordeste e colaborador das revistas Foco (DF) e Estados e Municípios (DF). É autor do livro Transamazônica – A Estrada Desafio (Senado Federal, 1970), que reúne uma série de reportagens sobre a Amazônia publicadas no JB.
     
    Casado com a restauradora de obras de arte Celina, tem quatro filhos: a historiadora e restauradora Patrícia, o engenheiro Rangel Filho, o advogado Eugênio e a arquiteta Ana Roberta.
     
     
    Atualizado em outubro/2012 – Portal dos Jornalistas
    Fonte:
    Informações fornecidas pelo jornalista