
Logo que saiu da faculdade, foi trabalhar no portal Terra (SP). Começou como repórter da revista Caros Amigos (SP) em 2002. A primeira reportagem importante fez em 2004, na Bolívia, para onde foi com o objetivo de conhecer o movimento cocaleiro. Voltou com um perfil exclusivo do futuro presidente Evo Morales. Esteve com refugiados tibetanos no Norte da Índia, indígenas sob massacre na Colômbia e em favelas de Cancún, no México. Recebeu o Prêmio Andifes 2005 com a matéria Qual reforma universitária?, publicada em julho de 2004 na seção República da revista, assinada também pelos ainda estudantes Thiago Domenici, Antonio Martinelli Júnior, Debora Pivotto, João Mauro e Marília Melhado. No mesmo ano recebeu Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, com a matéria Os trabalhos e os dias, na qual vivenciou o subemprego em São Paulo durante um mês.
Paralelamente, colaborou com organizações de Jornalismo Investigativo como o Center for Investigative Journalism, de Londres (Inglaterra), e o Center for Investigative Reporting, de Berkeley (EUA), e com veículos internacionais como os jornais ingleses The Independent, The Sunday Times e The Guardian. Na época foi ainda correspondente da BandNews (SP), e produtora-assistente dos documentários Black Money, do Frontline World, exibido pela PBS americana, e Anthrax War, da CBC canadense. Publicou o livro Plantados no Chão (Conrad, 2007), uma denúncia dos assassinatos políticos no Brasil entre os anos de 2003 e 2006. Foi coorganizadora do livro Jornal Movimento, uma Reportagem (Manifesto, 2010), sobre o jornal de resistência durante a ditadura militar, e fez reportagens para Habeas Corpus: Que Se Apresente o Corpo (Secretaria de Direitos Humanos, 2010), sobre os desaparecidos políticos.
Em novembro de 2010, foi convidada pelo Wikileaks para coordenar a publicação dos documentos diplomáticos das embaixadas americanas no Brasil, além de coordenar a parceria da organização com os jornais Folha de S.Paulo e O Globo. Escreveu sobre os documentos publicados pelo site Wikileaks para um blog no site da CartaCapital (SP). Pelo trabalho, venceu o Troféu Mulher Imprensa 2011, na categoria Repórter de Site de Notícias.
No mesmo ano, levou o Prêmio Jayme Sirotsky de Jornalismo e Entretenimento 2011, na categoria Jornalismo Investigativo, pela série de reportagens Supersalários e surtos de aposentadorias por invalidez na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, feita em parceria com Giovana Perine, Zulmar Nunes, Fabian Londero, Ildiane Silva, Marcos Togo, Eduardo Alexandre e Upiara Boschi, e transmitida pela RBS TV Florianópolis (SC) e publicada no Diário Catarinense (SC).
Fundou, em março de 2011, junto com Marina Amaral e Tatiana Merlino, a agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo , a primeira do gênero no Brasil. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, com livre distribuição para diversos veículos nacionais e internacionais, sob licença da Creative Commons. Dirige a Pública com Marina Amaral, atuando como diretora de Estratégia.
Recebeu novamente o Troféu Mulher Imprensa em março de 2013, ainda na categoria Repórter de Site de Notícias, quando destacou as mudanças no dia a dia da profissão. “O Jornalismo está mudando e novos modelos vão surgir. É preciso acompanhar”, afirmou, então.
Em junho de 2014 participou do lançamento do site Ponte, iniciativa de jornalismo independente com foco em Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos, que tem apoio institucional da Agência Pública. É membro do Conselho que define pautas e outros conteúdos de publicação.
Em agosto de 2015, foi a vez de apresentar o Truco no Congresso, um projeto para checagem de veracidade de discursos parlamentares, uma parceira entre a Pública e a agência Congresso em Foco. No mês seguinte, após participação no 9º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ao lado de Natalia Garcia e Sabrina Duran, divulgou uma lista com dez dicas e ensinamentos para quem quer realizar um projeto de crowdfunding (veja box abaixo).
Prefaciou o livro-reportagem Golpe, Contragolpes e Guerrilhas: O Pará e a ditadura militar (IAP, 2013), escrito por Ismael Machado, repórter do Diário do Pará (PA).
Venceu o Prêmio Gabriel García Márquez 2016, na categoria Texto, com a reportagem São Gabriel e seus demônios, um trabalho profundo de escrita – entrecortado por gifs e arte indígena –, retratando o Alto Rio Negro, no Noroeste do Amazonas, que tem um elevado número de indígenas e um impactante índice de suicídios. Ganhou, ainda o Comunique-se 2016, na categoria Repórter Mídia Escrita, e o Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2016, na categoria Internet, com o Especial 100, parceria da equipe da Pública com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (Espm) do Rio de Janeiro, que entrevistaram 100 famílias desalojadas no Rio de Janeiro para a realização de obras para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Graças às três conquistas, ficou no Top 1 do ranking dos +Premiados Jornalistas de 2016, junto com Eliane Brum, segundo apuração do J&Cia.
Atualizado em janeiro de 2017
Fontes:
portaldosjornalistas.com.br/noticia/energia-tema-em-4-concurso-microbolsas-reportagens-em-da-publica