Marina Amaral

    Marina Amaral é formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
     
    Começou no jornalismo em 1984, como copydesk (edição e revisão) e redatora de Política na Folha de S.Paulo. Entre 1986 e 1994 trabalhou como redatora no Jornal da Tarde, do grupo Estado, descontinuado em novembro de 2012. Passou depois por televisão: foi repórter na TV Cultura e na TV Record.
     
    Seguiu, mais tarde, para a redação da revista Globo Rural levada, pelo primo, o jornalista Renato Pompeu. Na revista conviveu com craques do jornalismo brasileiro, Sérgio de Souza (1939-2008) – o mago do texto de Realidade – que dirigia a redação formada por Mylton Severiano, José Trajano, Roberto Manera, Guilherme Cunha Pinto (1949-1996) e o grande repórter José Hamilton Ribeiro.
     
    Com eles participou da fundação da revista Caros Amigos, idealizada por Sérgio de Souza e pioneira na retomada da imprensa progressista brasileira a partir de 1997. Até 2007, escreveu livremente na revista sobre temas sociais, dos movimentos reivindicatórios às mulheres muçulmanas, da polícia à política, de cultura à economia. No período, recebeu o Prêmio Herzog de Anistia e Direitos Humanos 1997, pelo conjunto das reportagens e uma Menção Honrosa da mesma premiação por matéria com o jornalista João de Barros sobre o massacre dos mendigos em São Paulo em 2004.
     
    A partir de 2008, dedicou-se a projetos especiais em Jornalismo, como a coordenação de uma equipe de 13 jornalistas que realizaram, durante um ano, um levantamento inédito da situação dos Direitos Humanos no País, a convite da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.
     
    Em março de 2011, participou da fundação da agência Publica de Jornalismo Independente. Lá, segundo Marina, “aprendeu na prática o que dizia Serjão na Globo Rural: repórter não é especialista, é repórter. E se é repórter, investiga, com foco no leitor”. A agência, que tem apoio da Fundação Ford e da Open Society Foundation, trabalha atualmente  com três linhas de apuração: Direitos Humanos, Copa do Mundo e Amazônia. Lançou em 2012 um concurso de bolsas de R$ 4 mil a interessados em colaborar com a equipe.
     
    Organizou, junto com jornalistas Carlos Alberto de Azevedo e Natalia Viana, o livro Jornal Movimento, Uma Reportagem (Manifesto, 2011). O livro, produzido com apoio de incentivos fiscais autorizados pelo Ministério da Cultura (Minc) e obtidos junto à Petrobras, é fruto de um ano e meio de trabalho. Foi realizado por uma equipe que pesquisou os arquivos da época, descobriu documentos inéditos e realizou mais de 60 entrevistas. Conta com dezenas de ilustrações e com um caderno de fotos. Acompanha-o um DVD contendo as 334 edições publicadas, mais os cadernos especiais do jornal. O livro marcou a época do jornalismo de resistência e a saga do Movimento, trajetória que abriu caminho para a frente democrática que derrotou o regime ditatorial.
     
    Em 2012, em parceria com Bruno Carneiro, foi vencedora do 6º Prêmio Abracopel de Jornalismo, promovido pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, classificada na categoria Rádio, com a matéria Proteja-se dos choques elétricos em casa, desenvolvida para a agência Radioweb.
     
    Resgatou a história do assassinato de Carlos Marighella (1911-1969), entrevistando José Paulo Bonchristiano, delegado aposentado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) paulista, que relembrou sem constrangimento as torturas implementadas na época da ditadura militar. O depoimento foi publicado pela agência Pública em 9 de fevereiro de 2012.
     
     
    Atualizado em Janeiro/2013 – Portal dos Jornalistas
    Fontes:
    Jornalistas&Cia – Edição de 8/3/2012
    Jornalistas&Cia – Edição de 19/9/2011