O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará na próxima quarta-feira (9/6) o caso Alex Silveira, fotógrafo que há 21 anos levou um tiro de bala de borracha no olho, durante manifestação em São Paulo. Ele perdeu a visão do olho esquerdo e não pôde dar continuidade à carreira. Alex espera obter reparação e indenização em ação movida contra o Estado de São Paulo.

Na época do ocorrido, Alex trabalhava no jornal Agora São Paulo. Ele teve indenização concedida em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reformou a decisão, sob a alegação de que Alex optou por permanecer no local do tumulto.

Casos semelhantes ao dele ocorreram posteriormente. Em 2013, o repórter fotográfico Sérgio Silva também perdeu a visão após ser atingido por uma bala de borracha, durante as manifestações contra a Copa do Mundo e o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Na mesma época, Giuliana Vallone, que trabalhava na Folha de S.Paulo, também foi atingida no rosto por uma bala de borracha. Seus óculos salvaram seu olho e sua visão, mas ela enfrenta sequelas até hoje.

O caso de Alex Silveira é visto como emblemático, pois pode servir como exemplo para indenizações e reparações em processos semelhantes.

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