Ao menos duas jornalistas foram vítimas de violência no domingo (7/12), dia da última rodada do Campeonato Brasileiro de futebol masculino. Aline Gomes, da CazéTV, teve seu microfone arrancado com violência nas dependências da Vila Belmiro, em Santos, e Nani Chemello, da Rádio Inferno, teve seu fone de ouvido puxado, de forma hostil, por um jogador do Internacional.

Após o jogo entre Santos e Cruzeiro, na Vila Belmiro, em Santos, Aline entrou ao vivo na CazeTV para falar sobre uma confusão entre torcedores do lado de fora do estádio, que terminou com gás de pimenta. Enquanto relatava o que estava acontecendo, um homem, ainda não identificado, passou correndo e deu um tapa com força no microfone da repórter, que acabou machucando a orelha, pois ela estava usando um ponto eletrônico que estava ligado no microfone derrubado. O mesmo homem tentou derrubar a câmera e feriu também o cinegrafista da equipe. Após a agressão ao vivo, os apresentadores Casimiro Miguel e Igor Rodrigues repudiaram o ocorrido e pediram para Aline ficar em segurança.

“Não estou bem, mas vou ficar. Estou processando tudo. Quando fui entrar ao vivo, começou uma confusão. Eu só estava relatando”, desabafou Aline em suas redes sociais. “Tive o cuidado de me afastar pela nossa segurança e pelo gás de pimenta. Foi uma agressão forte, ele puxou com agressividade a câmera também. Foi pesado, nunca passei por isso. Foi chocante e eu tive uma crise de ansiedade depois”. A jornalista declarou que o Santos deu todo o apoio necessário a ela e solicitou as imagens registradas para ajudar a identificar o agressor.

Outro caso de hostilidade contra jornalistas ocorreu no jogo entre Internacional e Red Bull Bragantino, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, que decretou a permanência do time gaúcho na primeira divisão do futebol brasileiro no ano que vem. Após o término do jogo, o lateral argentino Alexandro Bernabei, do Internacional, abordou de forma hostil a repórter Nani Chemello, puxando seu fone de ouvido e gritando “fala agora, fala agora!”. Ao longo da temporada, a jornalista fez comentários críticos sobre o desempenho do atleta dentro de campo.

No Instagram, Nani se pronunciou sobre o caso, afirmando que se sentiu “intimidada e incomodada” com a atitude do jogador: “Se faço uma crítica para ele e, depois do jogo, ele quiser conversar comigo, tudo bem. Mas, mexer no meu equipamento? Tirar o meu fone para gritar perto do meu rosto? Não tem necessidade. Não gostei nem um pouco”. A repórter falou que, após o ocorrido, Andrés D’Alessandro, diretor esportivo do Internacional, e André Mazzuco, diretor executivo, pediram desculpas em nome do clube.

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