Por Assis Ângelo
Pois é, já ouvi da boca de muita gente que o país mais antigo do mundo é a China.
Da boca de outras pessoas também já ouvi dizer que o país mais antigo do mundo é a Índia. Não é não.
O país mais antigo do mundo é o Egito, seguido no ranking pelo Iraque e, em 3° e 4° lugares, pela China e pela Índia, seguidos por México, Grécia e Japão.
E ainda para quem não sabe, na referida lista se acha a judiadíssima Palestina ocupando o 11°.
A Palestina, nas origens era identificada como Filístia, ocupada nos primórdios por hebreus e filisteus. Esses povos nunca se deram bem, não se bicavam.
Claro, estamos falando de séculos e séculos antes de Cristo.
As pessoas que nasciam com problema de visão naquele mundo antigo, para falar só dessas, comiam o pão que o diabo amassava. Quer dizer: pagavam pecados nunca cometidos.
E já que falamos do país mais antigo do mundo, não custa falar também da cidade mais antiga e ainda preservada de que se tem notícia, historicamente. Sabe qual?

A cidade mais antiga do mundo, meu amigo, minha amiga, é Jericó.
Jericó foi a cidade onde Cristo trouxe de volta a visão do cego Bartimeu. Tá na Bíblia.
Na Bíblia há muitas referências a Jericó. A propósito: na Bíblia as palavras cego e cegueira são citadas umas 50 vezes.
A idade dessa famosa cidade bíblica, que faz parte do território da Palestina, anda pela casa dos 10 mil anos.
O mais antigo país do mundo foi também berço do maior número de pessoas cegas entre todas as nações de antigamente. Terra essa de faraós e de grandes pragas, como consta nos escritos bíblicos. E não custa lembrar que o Egito já mandou e desmandou na Palestina.
A China, com seus mais de 1,4 bilhão de habitantes, aparece nas estatísticas com cerca de oito milhões de pessoas cegas, embora ocupe o 1° lugar desse triste ranking a Indonésia. A população desse país gira em torno de 220 milhões de habitantes, dos quais 3,3 são cegos.
Intrigas e violências há muito ocorrem na Palestina. Isso tudo cresceu e continua crescendo desde que a ONU bateu o martelo criando, em 1948, o Estado de Israel. Na ocasião, a Palestina perdeu 53,5% do seu território.
Desde o século 19, países do Oriente Médio são citados na obra de Machado de Assis e de outros poucos escritores.
Machado cita em crônicas o antigo Império Otomano e personagens daquelas bandas.

Em outubro de 1882, foi lançada pela primeira vez uma versão do persa para o português brasileiro de Contos seletos das mil e uma noites. O autor dessa façanha foi o alemão naturalizado Carlos Jansen (1829-1889). Curiosidade: o prefácio dessa obra, por muitos intelectuais louvada, teve a assinatura de Machado de Assis.
O bruxo do Cosme Velho encantou-se com o que leu e não se escusou de aplaudi-la. E até destacou a beleza de algumas histórias, incluindo uma em que se acha um árabe que perdeu os olhos pela ambição extremada que tinha.
Depois eu conto.
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