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sexta-feira, dezembro 12, 2025

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Rede Minas vive momento de mudanças e debates

Em entrevista exclusiva ao Portal dos Jornalistas, presidente da Fundação TV Minas esclarece que momento é de transição e que outras mudanças estão por vir. Movimento Salve a Rede Minas discorda do posicionamento da diretoria A Rede Minas vive momentos delicados desde a decisão judicial que estabeleceu realização de concurso público para seu quadro funcional no ano passado. Recorrentes protestos de insatisfação por parte dos funcionários, mudanças no quadro de pessoal e na programação são apontados pelos colaboradores como os principais indícios de um período conturbado e incerto. “O processo de concurso público é democrático, mas a forma como foi realizado não foi a mais adequada”, pontua o jornalista e membro do Movimento Salve a Rede Minas Leandro Lopes. “O concurso prevê 203 cargos concursados e 83 comissionados. Anteriormente, a tevê tinha mais de 400 funcionários e com a realização do concurso não ficou claro o motivo da redução”. Julio Miranda, presidente da Fundação TV Minas, esclarece que a mudança no modelo de gestão está acontecendo por determinação legal: “Entendemos que o processo de mudanças gera insegurança, mas o clima vai se recuperando à medida que a rotina se estabilizar. Nesse sentido, o movimento Salve a Rede Minas desempenha papel fundamental enquanto promotor das manifestações sociais e da defesa do patrimônio público. O importante é filtrar as informações propagadas e extrair delas dados relevantes”. Leandro Lopes também denuncia que a programação está sofrendo perdas significativas: “O conteúdo produzido está sendo sucateado. Programas como Rede Mídia, Jornal Visual, Curta, Trilhas do Sabor, Planeta, Diverso, Mais Ação, Bem Cultural, Dango Balango e Concertos Harmonia não estão mais sendo produzidos, apesar de alguns deles ainda serem veiculados como reprise. A Rede tem apenas sete horas semanais de produção de conteúdo”. O presidente da Fundação rebate afirmando que as mudanças fazem parte do processo natural da programação: “A produção de material não foi interrompida. Alguns programas saíram da grade e outros entraram, dentro da dinâmica da tevê. Atualmente, a emissora tem 24 projetos ativos, 23 horas de produção local e 90 minutos de coprodução local. As alterações realizadas na grade representam um ganho em profundidade de conteúdo, não uma perda de material”. Miranda informa ainda que o quadro de funcionários operante após os ajustes necessários de rotina será de 286 pessoas, “número adequado ao nível de produção ímpar que a emissora possui”. Para o Salve a Rede Minas, a remuneração oferecida aos funcionários concursados está abaixo do valor pago no mercado, o que prejudica a qualidade do conteúdo produzido. Questionado, Miranda pondera que a Rede Minas não é uma instituição governamental isolada e que a política de remuneração não pode ser analisada de forma restrita: “Não somos uma emissora com capacidade financeira de mercado. O projeto que determinou funções e salários foi aprovado pela Assembleia mineira e estamos cumprindo a determinação estabelecida no documento”. E ele prevê outras mudanças para os próximos meses: “A emissora completa 30 anos sendo reconhecida como veículo participativo, estimulador de cultura, educação e cidadania. As reformulações se estendem à mudança para uma sede própria (prevista para março de 2015) e uma renovação de imagem. Não queremos ser apenas uma tevê de telinha. Vamos nos adequar para receber participações sociais e virtuais”. Lopes contrapõe, afirmando que o movimento não tem o que comemorar: “Estamos vivendo uma perigosa perda de conteúdo. A tevê já foi uma das mais importantes emissoras públicas nacionais e vive momento de declínio. Torcemos para que esse quadro seja revertido com o apoio da sociedade”.

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