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quinta-feira, abril 18, 2024

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Projeto Tim Lopes, da Abraji, investigará crimes contra jornalistas

Tânia Lopes, irmã de Tim, com Thiago Herdy, presidente da Abraji –
Crédito: Alice Vergueiro

Objetivo é revelar bastidores dos crimes e dar continuidade às investigações  

 

A Abraji lançou em 29/6, durante sessão especial do seu 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, o Projeto Tim Lopes. A ideia, proposta por Marcelo Beraba, ex-presidente da entidade, tem como objetivo revelar bastidores dos crimes contra jornalistas no País e, principalmente, dar continuidade às investigações.

Batizado em homenagem ao jornalista Tim Lopes, assassinado em 2002 enquanto investigava abuso de menores em bailes funk nas favelas do Rio de Janeiro, o projeto já acompanha quatro casos e a expectativa é de que esse número aumente. “Se você pisar em uma formiga, o formigueiro todo vai subir na sua perna. Então, se matarem um jornalista – ainda que lá no interior do Brasil – um grupo de repórteres da Abraji vai investigar”, explicou o presidente da Abraji Thiago Herdy.

Dentre os presentes ao lançamento estava Tânia Lopes, irmã de Tim, que se emocionou com a iniciativa e destacou a história da fundação da própria entidade, que está relacionada ao assassinato de seu irmão, um dos precursores do jornalismo investigativo no Brasil. “Acho que o que fica do nome dele é o carimbo em grandes projetos, como esse, que trata da liberdade de expressão e vai trazer material para estudantes que querem ser grandes jornalistas como o Tim e como tantos outros que estão aqui no congresso”, destacou Tânia. “Parabéns a todos nós, porque o Tim está ali sabendo que é por esse caminho que a gente tem que continuar”.

Outro objetivo do projeto é buscar compreender o que de fato aconteceu no local, em toda a sua complexidade. “Nós vamos contar a história daquele assassinato e vamos dar continuidade à história que aquele repórter estava conduzindo, que é o mais importante. Para que ninguém imagine que matando o repórter vai conseguir calar o jornalismo, porque não vai”, destaca Herdy. “Quando você mata um jornalista, você não está matando só o ‘sujeito’, está matando a sociedade, porque ele estava ali em nome da sociedade e em busca do interesse público e da verdade dos fatos”.

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