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sexta-feira, março 29, 2024

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Empregados do Diário de S.Paulo decidem entrar em greve

Em assembleia na tarde de 9/1, em frente à sede do Diário de S.Paulo, na Barra Funda, jornalistas e trabalhadores administrativos do jornal decidiram entrar em greve devido à incapacidade da empresa em honrar seus compromissos com profissionais e fornecedores. Na quinta-feira (12/1), o Sindicato dos Jornalistas encaminhou à administração do jornal o aviso de greve, marcada para o dia 16, solicitando reunião urgente para tratar dos problemas. Os trabalhadores mantêm assembleia até uma solução para o impasse. Segundo o Sindicato, a empresa não pagou o 13º nem o salário de dezembro, que deveria ter sido quitado até o último dia 5 de janeiro. Os jornalistas do veículo estão em estado de greve desde o ano passado por causa dos atrasos frequentes no pagamento de salários e benefícios, e da falta de repasse de FGTS, Previdência e Imposto de Renda. Desde o início do ano sete profissionais foram demitidos, entre eles três editores. A partir desta quinta-feira, os empregados passaram a trabalhar em esquema de rodízio, mantendo 30% do efetivo na Redação e no departamento administrativo, mas esse percentual pode variar porque o vale-transporte referente a janeiro também não foi pago. Nota no site do Sindicato informa que, em conversa com representantes da entidade no dia 9, Mário Sales, gestor do jornal, afirmou que o Diário aguarda receber cerca de R$ 1 milhão até o dia 15, “mas não apresentou nenhum sinal de que o valor será destinado para quitar os débitos devidos aos trabalhadores. Segundo Sales, quatro contratos foram cancelados desde o início do ano em função da crise na empresa. Muitos trabalhadores não têm como pagar a passagem para se deslocar até a empresa”. J&Cia apurou que o Diário esteve ausente das bancas e dos assinantes por vários dias em função de problemas de distribuição por dívidas atrasadas. Para piorar, mesmo parte dos distribuidores dispostos a seguir levando os jornais às bancas e assinantes foram impedidos por piquetes feitos por aqueles que não aceitam negociar nem distribuir. Por causa disso, mais de duas mil assinaturas teriam sido canceladas nos últimos dias. O Sindicato informa também que há vários dias não há papel nos banheiros e que o telefone e a água foram cortados. A empresa tem sido abastecida eventualmente por caminhões-pipa. Outra irregularidade apontada é a contratação de estagiários PJ, uma vez que o jornal está devendo ao Centro de Integração Empresa-Escola (CIE-E) e teve o contrato cancelado.

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