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quinta-feira, março 28, 2024

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Abraji celebra uma década com muitos planos

A Abraji ? Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo prepara um evento internacional para celebrar seus dez anos de fundação. Será no dia 10/12, às 9h30, no auditório Freitas Nobre do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, mesmo lugar onde tudo começou. Naquele ano de 2002, no seminário Jornalismo investigativo: ética, técnicas e perigos, 140 jornalistas decidiram criar uma instituição para trocar experiências e buscar melhoria da qualidade do jornalismo. Este ano, Rosental Calmon Alves, do Centro Knight de Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas, e que organizou aquele encontro, virá ao Brasil especialmente para a data. Lá estarão também todos os ex-presidentes da Associação, Marcelo Beraba, Angelina Nunes, Fernando Rodrigues e o atual, Marcelo Moreira. Na memória e no arquivo da Abraji está o clipping com as notas do Jornalistas&Cia, o primeiro a noticiar o surgimento da entidade, quando ainda sequer tinha nome. E agora, mais uma vez J&Cia e Abraji se unem, no Projeto 1.000 em 1. Nele, cem duplas de estudantes de Jornalismo vão entrevistar, durante um ano, autores de mil matérias premiadas sobre o processo de realização de suas reportagens vitoriosas. Os entrevistados estão sendo escolhidos com base no ranking Os mais premiados jornalistas brasileiros de todos os tempos, realizado por Jornalistas&Cia, com apoio metodológico do Instituto Corda. O resultado do projeto será a produção de mil vídeos de dez minutos cada com o making of das matérias selecionadas. Essa ideia de Angelina Nunes, de O Globo, e Marcelo Soares, da Folha de S.Paulo, com Sérgio Gomes, da Oboré, tem como propósitos gerar um material didático de alta qualidade para uso em universidades de todo o Brasil (mil aulas práticas, às quais estudante algum teria acesso de outro modo) e estabelecer uma ligação entre renomados profissionais do mercado e as universidades.   Entrevista com Marcelo Moreira: Da dor do nascimento ao prestígio internacional Nesses dez anos, a Abraji contabilizou a presença de mais de cinco mil profissionais ou estudantes em 133 eventos: sete congressos, 19 seminários, 55 cursos presenciais, 43 cursos online, e nove palestras. Em 2012, a 7ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo teve mais de 900 participantes, de 25 Estados brasileiros e da Europa, África e América Latina. Marcelo Moreira, o presidente da Abraji, falou a Cristina Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro, sobre a trajetória e o futuro da entidade. Acompanhe: Jornalistas&Cia ? Parabéns pelo aniversário!Marcelo Moreira ? Estamos muito felizes, temos muito o que comemorar. Vemos a Associação respeitada, produzindo ferramentas importantes para os jornalistas brasileiros, reconhecida por todos: jornalistas, empresas, outras associações. J&Cia ? Você fez parte do grupo que, em 2002, criou a Abraji. Pode relembrar para nós como foi?Marcelo ? Nossas conversas começaram naquele período do desaparecimento de Tim Lopes. Eu era o chefe de Reportagem dele na TV Globo, o [Marcelo] Beraba era muito amigo, o Rosental [Calmon Alves] veio do Texas ao Rio para se unir ao nosso desespero. Primeiramente, queríamos encontrá-lo; depois que soubemos da morte, queríamos fazer justiça. Montamos um grupo de discussão no Sindicato (dos Jornalistas do Município do Rio). O Aziz [Filho] estava lá, o Nassif [Elias] era o presidente, muitos outros. Assim nasceu o Núcleo Tim Lopes, que fez manifestações, e foi lançada uma semente. Precisávamos nos reunir em uma associação. A primeira deste tipo no mundo foi a IRE ? Investigative Reporters and Editors, criada em situação semelhante. Um repórter do Arizona investigava uma máfia e foi assassinado. Os jornalistas da região se uniram para concluir a matéria em mutirão e provar que, quando se cala um jornalista, não se cala a imprensa. Beraba tinha contatos no México, com o Centro de Periodismo de Investigación. Era um momento favorável. Do encontro em São Paulo foi feita uma ata propondo a fundação de uma associação, considerado o primeiro documento oficial da Abraji, e não tinha nem nome. Beraba foi eleito o primeiro presidente. Apesar de fazer parte das

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