Percival de Souza

    Percival de Souza nasceu em Braúna (SP), em 10 de março de 1943.
    Na adolescência, trabalhou como contínuo na redação da Folha de S.Paulo e tomou gosto pelo Jornalismo. Pelas mãos do repórter José Hamilton Ribeiro, entrou na revista Quatro Rodas. Também atuou na revista AutoEsporte, nos jornais A Gazeta e A Nação, e colaborou com os alternativos Movimento e Opinião, e com as revistas Realidade, Veja, IstoÉ e Época.
    Aos 22 anos, foi para O Estado de S.Paulo e acabou participando da fundação do Jornal da Tarde. Começou também a trabalhar na editoria de Polícia, o que marcaria para sempre a sua carreira jornalística. Nos anos 1970, época da ditadura, quando o JT estava sob a censura instalada dentro da redação, cobriu as atividades do Esquadrão da Morte, temida organização marginal do regime militar.
    Foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e, mais tarde, escreveu dois livros sobre o período da repressão: Autópsia do medo (Globo, 2000), biografia do delegado Sérgio Paranhos Fleury, e Eu, Cabo Anselmo (Globo, 1999), uma entrevista com o mais conhecido agente duplo do regime militar. Com outro livro, NarcoDitadura (Labortexto, 2003), sobre a morte do jornalista Tim Lopes (1950-2002), recebeu Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2003, na categoria Livro-Reportagem.
    Especializou-se no Jornalismo Investigativo, nas áreas de Segurança e Criminologia. Criou um estilo próprio para as reportagens policiais e ganhou vários Prêmios Esso, entre outras honrarias, como outro Vladimir Herzog, em 2006, com Emerson Ramos e Fátima Souza, na categoria TV-Reportagem, com uma série de matérias sobre o Esquadrão da Morte.
    É repórter e comentarista de telejornais da Rede Record e colabora com outras publicações.
    É membro do Conselho Diretor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista. Religioso, também é membro efetivo e participativo da própria igreja.
     
    Atualizado em Maio/2012 – Portal dos Jornalistas
    Fontes: