Meg Cunha

    Margareth Barros de Andrade Cunha, mais conhecida por Meg Cunha, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 24 de julho de 1953. Formou-se na faculdade de Comunicação Social da PUC-Rio.

    Em fevereiro de 1971, ainda estudante, começou no jornalismo da extinta TV Tupi como radioescuta. Dois anos depois, conseguiu uma vaga de estagiária na Globo, na editoria Internacional do Jornal Nacional.                                                                                                                     

    Iniciou a carreira na TV Globo em 15 de agosto de 1973. Em maio de 1974, foi admitida como editora assistente e, um ano depois, tornou-se editora Internacional do Jornal Hoje. Cobriu, nesse período, o fim das guerras do Camboja e do Vietnã.

    Voltou para o Jornal Nacional, sempre na editoria Internacional, na qual trabalhou ao longo de 13 anos seguidos. Em maio de 1976, a equipe do jornal sofreu o impacto do incêndio que destruiu estúdios da Globo no Rio. Para colocar o Jornal Nacional no ar, no mesmo dia, seguiu para São Paulo com a roupa do corpo – sem bagagem e sem documentos – ficou na capital paulista por dois meses, até que fossem concluídas as obras de recuperação dos estúdios. Por outro lado também teve a oportunidade de acompanhar a expansão da editoria, com a chegada do serviço de satélite e a criação dos escritórios da Globo em Nova York, Paris, Londres, Buenos Aires. A partir da década de 1980, a emissora começou a receber com maior agilidade as reportagens enviadas por seus correspondentes, o que, facilitou o trabalho de edição.

    Participou da cobertura de acontecimentos que galgaram repercussão nacional e internacional: o casamento do príncipe Charles com lady Diana, na Inglaterra; o assassinato de John Lennon, nos EUA; e a morte do presidente da Iugoslávia, Josip Broz Tito.

    Meg Cunha trabalhou também em alguns dos programas Retrospectiva, às vezes apenas colaborando, outras coordenando, um trabalho de fôlego para selecionar, organizar e reunir os fatos mais significativos de cada ano. Em 1994 o especial trouxe a morte do piloto Ayrton Senna, da vitória do Brasil na Copa dos Estados Unidos, do sucesso do Plano Real e do eclipse total do Sol. “Foi um programa inesquecível. Adoro fazer esse trabalho”, revelou no para o Memória Globo.

    Em 1982 deixou a Globo e partiu para uma experiência no jornalismo impresso. Não durou muito e em 11 meses ela estava de volta à Globo. Nesse período fez alguns trabalhos como freelance para a emissora, como a pesquisa para o especial em homenagem ao aniversário de 80 anos do poeta Carlos Drummond de Andrade.

    Retornou ao Jornal Nacional, passou três meses trabalhando no escritório da emissora em Londres, na função de coordenadora: selecionando e editando o material a ser enviado direto de Londres ao Brasil.

    De volta ao Brasil, passou a trabalhar na equipe do Globo Repórter e em trabalhos paralelos, como a edição do primeiro Rock in Rio, resumos dos desfiles de carnaval, para o Jornal Nacional, a cobertura da cerimônia de entrega do Oscar, entre outros.

    Em 1985, foi para Brasília, onde morou durante cinco anos. Na Capital Federal trabalhou na Radiobrás, na sucursal do Jornal do Brasil e, também, como repórter do Jornal Nacional da Globo. Foi ainda editora da segunda edição do DFTV e assinou uma coluna sobre rock, exibida aos sábados, na primeira edição do telejornal.

    Passou a trabalhar na cobertura de Política da equipe do Jornal Nacional, quando cobriu a Constituinte de 1988 e a posse do presidente Fernando Collor.

    Voltou para o Rio de Janeiro em 1991, para trabalhar na redação do Jornal da Globo. Em seguida, passou pelo Jornal Hoje, como editora executiva. Em dezembro de 1992, voltou a sair da emissora. Mudou-se para Araxá (MG), onde trabalhou na TV Jaguará, afiliada da Rede Globo, fazendo o Bom Dia local.

    Em julho de 1994, retornou ao Rio e trabalhou na primeira edição do RJTV, depois na editoria Rio do Jornal Hoje. Em 1995, dedicou-se aos projetos Contagem Regressiva e Cem Anos de Cinema, com o jornalista Pedro Bial.

    Voltou a trabalhar na redação do Jornal Nacional, agora na editoria de Economia, e, em janeiro de 1997, foi transferida para o programa Globo Repórter.

    Em 2008, o Globo Repórter completou 35 anos no ar, equilibrando a abordagem jornalística com uma estética de documentário.  Em 2011, o programa ganhou um novo cenário, com um ambiente mais arrojado e interativo. O apresentador Sérgio Chapelin usa nas apresentações telões instalados que mostram as imagens do assunto da semana.

    Em 2013 o programa completou 40 anos no ar. Em 2014, Meg segue no Globo Repórter como Chefe de Redação ao lado de Marilei Zanini, Silvia Sayão como Editora-chefe e a Chefe de Produção, Francesca Terranova.

     

     

    Atualizado em janeiro/2014 – Portal dos Jornalistas

    Fontes:

    http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/04/conheca-historia-do-globo-reporter.html

    http://g1.com.br/globoreporter

    [Depoimento concedido ao Memória Globo por Meg Cunha em 10/11/2003.]