Luciano Ramos

    Luciano Vaz Ferreira Ramos assina Luciano Ramos é bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP), desde 1971. No mesmo período obteve graduação em Licenciatura em Ciências Sociais. Complementou a formação entre 1972/1973 em Teoria da Comunicação com Décio Pignatari no Instituto de Arte e Ciência e de Introdução à Cibernética com Isaac Epstein, na mesma entidade de ensino.
     
    Em 1982 graduou-se em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Paulista, UNIP/SP. Em 1981 deu início ao mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, curso que interrompeu em 1983. Aplicou-se para o doutorado em Multimeios, 2009, pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP/SP, com a defesa sobre o tema Oswaldo Massaini e a história do cinema paulista, em fase de conclusão.
     
    A vida profissional evoluiu no jornalismo em sintonia com a carreira acadêmica de docente em várias universidades, o trabalho de produção e apresentação de programas em televisão.
     
    Antes de concluir o curso de Filosofia começou a trabalhar na Rádio e Televisão Cultura de São Paulo, em 1970. Na rede foi produtor e apresentador de programas.
     
    Em mais de 20 anos de atuação escreveu e apresentou as aulas de História da série Madureza Ginasial (1970). Dirigiu e apresentou Última Sessão de Cinema (1976-1980), debate semanal sobre filmes, pelo qual ganhou o Prêmio Ana Terra, da Secretaria de Cultura do RS, como melhor programa de TV.
     
    Ainda na Cultura apresentou Qual é o Grilo (1980), programa diário de prestação de serviços aos estudantes. Dirigiu e apresentou Imagem & Ação (1983), revista semanal de cinema, a primeira do país. Escreveu e apresentou a série Cine Brasil (1986-1994). Ancorou o Panorama (1986-1990), jornal diário de Artes e Espetáculos. Oficialmente desligou-se da emissora em 1992.
     
    Nesse período redigiu para o Jornal da Tarde, entre 1972 e 1979 e para o periódico Phobos, em 1976.
     
    Nesse meio tempo trabalhou na Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM/SP. Entre 1973 e 1977 foi professor, chefe Departamento Ciências Humanas e Diretor Interino.  Como professor de História dos Meios de Comunicação lecionou para a primeira turma da Escola.
     
    Em 1979 passou a escrever para o Jornal da República. Trabalho que se prolongou até 1980, quando passou a redigir também para as revistas Nosso Século, Isto É, revista Senhor (até 81), jornal Folha de S.Paulo (até 86). A partir de 1981 e até 1982 também escreveu para o periódico SAGA a grande história do Brasil.
     
    Na Rede Globo começou a trabalhar para a televisão em 1982. Ali foi coordenador, redator e roteirista de programas. No Telecurso Segundo Grau, foi roteirista e coordenador de criação. O programa levou o ensino médio aos rincões do Brasil, como precursor do EAD, ensino à distância. Foi exibido entre 1984 e 1994.
     
    Em novelas estreou como coautor da Champagne (1983), escrita em parceria com Cassiano Gabus Mendes. Foi coordenador de criação do núcleo de produção que funcionou em São Paulo entre 1980 e 1983, sob a direção de Walter Avancini. Nesse período roteirizou as minisséries Avenida Paulista (1982) e Moinhos de Vento (novela vencedora do Prêmio Ondas – Espanha – 1983). Foi autor de diversos roteiros nas séries Obrigado Doutor e Caso Verdade. Um deles, A Padroeira, foi o campeão de audiência de toda a série Caso Verdade.
     
    Em 1987 passou a escrever para o Vídeo Guia, apresentando o resumo do que se teria para ver nos próximos dias. Ficou com a tarefa até 1991, até 90 acumulou com o periódico Astros e Estrelas.
     
    Dirigiu a assessoria de imprensa e comunicações da Secretaria de Estado da Cultura São Paulo, entre 1989 e 1990, durante a gestão do jornalista Fernando Morais como secretário.
     
    Foi chefe do departamento de cinema na Rede Bandeirantes de Televisão, entre 1992 e 1995. Na rede era responsável pela escolha, aquisição, divulgação e programação dos filmes exibidos.
     
    No Ministério da Cultura, MinC, trabalhou em dois momentos. Entre 1995 e 2001 foi chefe de gabinete do ministro, em regime de dedicação exclusiva. Como gestor do Ministério da Cultura, exerceu também as funções de secretário adjunto de Política Cultural, coordenador geral de comunicações sociais e chefe do gabinete da presidência do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
     
    Retornou ao MinC e entre 2001/ 2003 como consultor de comunicação e eventos. Nessa fase elaborou roteiros de documentários sobre cidades históricas brasileiras, organizou a reinauguração da primeira sinagoga das Américas em Recife. Dirigiu o programa Teatro na TV para a TV Cultura & Arte, do Ministério da Cultura (2002), de cujo conselho de programação também fez parte.
     
    Nessa temporada acumulou também a tarefa de editor chefe, na Duettto. Lá editou a revista História Viva, dedicada à difusão do conhecimento histórico. Publicação mensal de 100 páginas que, de dois em dois meses, lançava números especiais. Ficou na editora entre 2002 a 2004.
     
    Em 2003 foi docente coordenador extensão universitária na Universidade Anhembi Morumbi/SP.  Lá foi ainda coordenador do curso de Turismo Cultural e de desenvolvimento de projetos. “Formamos duas turmas consecutivamente”, lembra-se.
     
    No mesmo ano e até 2006 foi roteirista de programas musicais na rede SESC-SENAC de televisão, TV SENAC. Lá cuidava dos roteiros dos programas semanais Instrumental Sesc Brasil, dedicado à música MPB instrumental, e STV na Dança, voltado para registrar o trabalho dos grupos de dança.
     
    Em 2004 entrou para a editora Segmento, onde até 2005 foi editor-chefe, dedicando-se à revista mensal Educação, voltada para informar e debater as questões referentes ao ensino público e privado no país.
     
    Retornou à Fundação Padre Anchieta, em 2005. Até 2007 foi roteirista dos programas no Núcleo de Música Erudita da TV Cultura de São Paulo: Por dentro da orquestra, Resumo da ópera e Prelúdio.
     
    Na rádio Cultura entre 2005/2009 foi diretor, redator e apresentador do programa Cinema Falado, programa que passou a ser transmitido também pela TV Cultura, a partir de 2009, e que permanece no ar com a direção de Luciano.
     
    Na imprensa a partir de 2009 passou a redigir para revista Reserva Cultural, tarefa que mantém em 2014.
     
    A partir de 2009 assumiu como professor dos cursos de pós graduação em Crítica de Cinema e Jornalismo Cultural, na Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP/SP, onde permanece dando aulas.
     
    Deu início às atividades no Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas de Universidade de São Paulo, NUPPS, em 2012, como professor e pesquisador associado e mantém o vínculo institucional com a Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas FFLCH/USP.
     
    A Rádio USP da Universidade de São Paulo, passou a exibir o programa radiofônico anteriormente exibido na Rádio Cultura da Fundação Padre Anchieta.
     
    Nessa trajetória de trabalho recebeu alguns prêmios entre eles, em1983, o Prêmio Ondas de Rádio e TV – melhor mini série: Moinhos de Vento, concedido pela Radio Barcelona e Sociedad Española de Radiodifusión. Em 2000 conquistou o Excelência Gráfica com Arte e Cultura (MinC), pelo Sindicato Indústrias Gráficas (DF).
     
    A bibliografia de Luciano Ramos reúne oito livros publicados. Em 1977 duas edições sobre a História do Brasil e História Geral, publicados pela Editora do Brasil.
     
    Lançou Os Melhores Filmes Novos, pela editora Contexto, em 2009. A obra apresenta 290 filmes comentados e analisados, divididos em aventura, brasileiros, comédia, documentário, drama, fantasia, história e infantil o autor organizou a obra a partir de cinco critérios (argumento, roteiro, elenco, produção e direção). Oferece ao leitor ficha técnica, análise e uma boa foto de cada filme. Para desenvolver o livro Luciano Ramos assistiu a mais de dois mil filmes em quatro anos, e a obra tornou-se referência para os cinéfilos. Os demais livros publicados por ele estão na ‘Linha do Tempo’ deste perfil.
     
    A proximidade com o cinema colocou Luciano Ramos nas transmissões 'ao vivo' das entregas do Oscar, Prêmios da Academia (Academy Awards), em 2011 e 2012 e na cobertura de outros eventos relacionados à sétima arte.
     
     
    Atualizado em abril/2014 – Portal dos Jornalistas
     
    Fontes: