Jonas Campos

    Jonas Campos nasceu em Santa Catarina. É formado em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos/RS), de São Leopoldo (RS), em 1994.
     
    O começo profissional foi fora da área do Jornalismo. Quando estava no terceiro semestre de faculdade resolveu que já era hora de tentar algum emprego ou estágio na imprensa. Viu uma oportunidade em um cartaz nos corredores da universidade: a rádio Gaúcha estava com processo seletivo aberto para estudantes.
     
    “Estava bem claro no cartaz que a vaga era para estudantes a partir do sexto semestre. Eu estava no terceiro, mas achei que a experiência era válida. Fui lá, fiz a entrevista, fiz todos os testes e, por fim, fui o selecionado. Quando eu disse que não estava no sexto semestre, o pessoal da rádio ficou um pouco surpreso, achei até que iam desistir de mim, mas não. Tive sorte por terem me achado ousado”, disse ele durante uma aula inaugural na Unisinos, em agosto de 2015.
     
    Ficou na Gaúcha durante os dois anos de estágio que eram permitidos (de 1992 a 1994). Saiu já tendo feito diversas entrevistas importantes. “Eu participei da primeira reportagem investigativa da Gaúcha, me infiltrei em uma seita de extrema-direita me passando por um interessado em ingressar no grupo. A reportagem ficou tão boa que fomos premiados na época”, lembra.
     
    Participou do programa Caras Novas da RBS TV (RS) e foi um dos 25 novos repórteres selecionados, começando a sua carreira na televisão.
     
    Em 1999, foi trabalhar no Pará, como repórter da TV Liberal, afiliada da Rede Globo. Várias de suas reportagens ganharam espaço em programas da Globo nacional, principalmente no Jornal Nacional.
     
    Seguiu, em 2005, para o Mato Grosso e atuou na TV Centro América, também afiliada da Rede Globo. Com a trajetória profissional voltada ao Jornalismo Investigativo, atuou em coberturas de repercussão nacional como o caso de desvio de dinheiro público da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang (1931-2005).
     
    Investigou acusações contra Jáder Barbalho, ex-presidente do Senado. O dia da gravação da reportagem foi o momento em que mais se sentiu ameaçado na profissão. Ao tentar uma entrevista com o então senador, ele e a equipe foram repreendidos por tiros disparados por seguranças de Barbalho. “Nós estávamos seguindo o carro onde supostamente estava o Jáder. Em um determinado momento o veículo parou e eu pensei que finalmente ia conseguir a entrevista que tanto busquei. Quando vi que o segurança saiu armado, foi um susto”, lembra o repórter.
     
    Em setembro de 2013 retornou à RBS, onde atua como repórter especial.
     
    Durante a cobertura nacional das manifestações durante o processo de votação na Câmara e no Senado Federal pela admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, fez entradas ao vivo nos noticiários da casa e no Jornal Nacional, em abril de 2016, diretamente de Porto Alegre. No final de agosto daquele ano, fez parte da força-tarefa Segurança Já, coordenada por Carlos Etchichury, que integrou os orgãos de comunicação do Grupo RBS – Zero Hora, Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha e RBS TV – para buscar soluções e tangibilizar o cenário de vulnerabilidade da população diante dos casos de violência no Estado.
     
    Venceu duas vezes o Prêmio Imprensa Embratel: em 2004, na categoria Região Norte, pela reportagem Escravos do patrão, exibida em duas partes no Jornal Nacional, e em 2013, com Carlos Rodrigues, Idemar Marcatto, Adiel Lima, Renato Mendes, Cheyla Ferraz, Robson Crivelli e Alexandre Castanho, pelo trabalho Madeira chipada, produzido pela TV Centro América, de Cuibá (MT).
     
    Foi considerado, em 2015, um dos dez jornalistas +Admirados da Região Sul, segundo o J&Cia.
     
     
    Atualizado em maio/2016 – Portal dos Jornalistas
     
    Fontes: