César Tralli

    César Tralli nasceu em São Paulo (SP), em 23 de dezembro de 1970. É bacharel em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (SP) e mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Foi bolsista da Fundação Eurocentress (Inglaterra), onde desenvolveu pesquisa sobre o poder dos tabloides sensacionalistas britânicos. 
     
    De origem humilde, trabalha desde os 12 anos, idade em que passou, também, a escrever semanalmente cartas para o Painel do Leitor, da Folha de S.Paulo, invariavelmente publicadas. Apesar de sonhar com a vida artística – atuou em peças de teatro e participou de três bandas de rock –, na adolescência começou a escrever para jornais de bairro. Seu primeiro emprego foi na Gazeta Esportiva (SP), à época do Grupo Folhas. Em seguida, foi para a rádio Jovem Pan (SP), onde dava dicas de trânsito sobrevoando a cidade de helicóptero. Aos 20 anos, em 1992, entrou para a televisão, apresentando o programa turístico, de produção independente, Florida On Line, na Rede Record (SP). Também passou pelo SBT, como repórter do programa Aqui, Agora, antes de entrar na Rede Globo, em 1993, como repórter do extinto programa São Paulo Já.
     
    Cansado de pegar seis ônibus por dia para trabalhar, alugou uma quitinete a três quarteirões da emissora. Por estar sempre por perto, acredita, foi bastante acionado pela emissora no período. Participou com destaque da cobertura da morte de Ayrton Senna. Em meio a uma matéria, foi chamado para voltar à redação e, depois, à embarcar para o Rio de Janeiro (RJ), onde foi convidado pela direção de Jornalismo para substituir Silio Boccanera no cargo de correspondente baseado em Londres (Inglaterra). Tornou-se, assim, o mais jovem correspondente internacional da Rede Globo de Televisão, aos 24 anos. Ficou cinco anos na função e fez, no período, reportagens em mais de trinta países, cobrindo eventos como os conflitos no Oriente Médio, o assassinato do primeiro ministro de Israel Yitzhak Rabin (1922-1995), os dez anos do acidente nuclear de Chernobil (Ucrânia), o terremoto que destruiu a Turquia (1999) e a morte de Diana Spencer (1961-1997), princesa de Gales.
     
    Voltou ao Brasil no ano 2000, ocupando o cargo de repórter especial e apresentador do SPTV 2ª Edição. Como enviado especial, participou da cobertura dos ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York, das Copas do Mundo de Futebol da França 1998, Coreia e Japão 2002, Alemanha 2006 e África do Sul 2010, e dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e Pequim 2008. Noticiou, com informações quentes, as prisões do juiz Nicolau dos Santos Neto, do ex-governador paulista Paulo Maluf e de seu filho Flávio Maluf, e do empresário Law King Chong (na que considera a cobertura mais difícil de sua carreira), além de vários casos de corrupção no poder público.
     
    Em 2007, foi à Colômbia cobrir a prisão do megatraficante Juan Carlos Ramírez Abadía, e aos Estados Unidos, entrevistar a viúva de outro criminoso colombiano, Pablo Emilio Escobar (1949-1993). Em 2008, por sua vez, noticiou a prisão dos envolvidos no caso Satiagraha – o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito paulistano Celso Pitta (1946-2009) e o empresário Naji Nahas – e mostrou como funcionava a máfia do gás veicular, um esquema de furto e desvio de gás em grandes postos de gasolina de São Paulo.
     
    Depois de ser repórter especial do Jornal Nacional, começou, em 2011, a trabalhar na série Fronteiras Escancaradas, mostrando a ação de contrabandistas e sacoleiros nas divisas do País com o Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia. Tornou-se, em setembro de 2011, o novo âncora do SPTV 1ª Edição, substituindo Chico Pinheiro e Mariana Godoy.
     
    Ganhou os Prêmios Embratel de Jornalismo 2007, na categoria Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho, com Robinson Cerântula e William Santos, pela reportagem Adulteração de combustíveis, e o de 2011, na categoria Reportagem Investigativa/Troféu Tim Lopes, com Pedro Mantoan e Fernando Ferro, pela série Fronteiras Escancaradas. Levou também o Prêmio Comunique-se 2003, na categoria Repórter de Mídia Eletrônica e o Grande Prêmio Rede Globo de Televisão, pelas reportagens Máfia dos Motoristas, Acidente do Avião da TAM e A Prisão de Law King Chong. Foi finalista da premiação americana Emmy Awards, pela cobertura do sequestro e assassinato da estudante Eloá Cristina Pimentel (2008).
     
    Escreveu o livro Olhar Crônico (Globo, 2001), composto de quarenta crônicas, sobre o seu período como correspondente em Londres.
     

    Foi eleito em 2015 entre os ‘TOP 100” dos '+Admirados Jornalistas Brasileiros', votação realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress.

     
     
     
    Atualizado em dezembro de 2015 – Portal dos Jornalistas
    Fontes:
    Jornalistas&Cia – Edição 1028