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quinta-feira, abril 25, 2024

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Audálio Dantas recebe homenagens por seus 85 anos

Perto de 200 pessoas prestigiaram no último sábado (8/7), na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a homenagem aos 85 anos de Audálio Dantas, que presidiu a entidade na época da morte sob tortura de Vladimir Herzog nos porões da ditadura em 1975 e que desde então se notabilizou por sua atuação na defesa dos direitos humanos. Na cerimônia, ele recebeu o Troféu Indignação-Coragem-Esperança, uma iniciativa de Agência Sindical, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e Oboré Projetos Especiais, com patrocínio do Hospital Premier e apoio do Sindicato, da Fenaj e do Instituto Vladimir Herzog, entre outras entidades.

“O troféu é uma imagem de São Jorge no corcel branco enfrentando o dragão na condição de repórter, com lança transformada em microfone, gravador na cintura e uma câmera no capacete adaptados pelo designer Roger Matua“, informou Sérgio Gomes, diretor da Oboré e organizador do evento. A ideia original é da cartunista Laerte Coutinho, a partir de um desenho criado em 1996 para ser capa de um dos cadernos de jornalismo do Projeto Repórter do Futuro, da Oboré. Uma das esculturas foi entregue a Audálio e outra ficou na redação do jornal Unidade, na Secretaria de Comunicação do Sindicato.

Sérgio explicou ainda que, além do reconhecimento à dedicação e às lutas de Audálio, o objetivo é que o troféu, com apoio de entidades e parcerias, seja transformado no Prêmio Audálio Dantas, para prestigiar profissionais que se dedicam à imprensa sindical e à comunicação popular. Ele também mandou estampar 85 camisetas com a imagem do troféu para distribuir aos presentes e produzir uma placa com as marcas dos apoiadores para ser entregue ao homenageado. Empresas ou entidades que ainda quiserem ter registrado o seu apoio podem entrar em contato com ele pelo [email protected], até esta quinta-feira (13/7).

Audálio disse a J&Cia que ficou “meio abestado” ao pôr o pé no espaço Vladimir Herzog, no sábado: “Estava lotado, como o vi muitas vezes em outubro de 1975, quando o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo virou trincheira da resistência contra a ditadura militar que acabara de cometer mais um assassinato, o de Vladimir Herzog. Naqueles dias estávamos fazendo História; no último sábado, simplesmente uma demonstração de bem-querer. Espalhando o olhar pelo auditório lotado vi os rostos de velhos companheiros de luta e de gente que avistava pela primeira vez. Deveria agradecer a todos. E foi, então, que procurei palavras e não encontrei. Tive antes que, penosamente, engolir o pranto”.

Participaram da homenagem, entre outros, Carlos Chaparro, Eduardo Ribeiro, Eliane Brum, Fernando Morais, Geisa Diaféria, JAL, José Genoíno, José Luiz Del Royo, Juca Kfouri, Paulo Teixeira (deputado), Rogerio Sotilli (novo diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog) e Samir Salman (Hospital Premier).

 

Crédito imagem: Cadu Bazilevski

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